Arquivos • 09 Out 2022

Temos aqui um daqueles pilotos que conseguiu tocar no melhor de dois mundos: tanto disputou o Mundial de Motociclismo como disputou o Mundial de Fórmula 1. Ou melhor, neste último caso foram só duas participações mas ainda assim colocaram-no numa galeria muito restrita de pilotos. Falamos do sul-africano Paddy Driver, piloto que, juntamente com o futuro campeão mundial Jim Redman, veio correr para a Europa em 1959, tendo para o efeito adquirido a Manx Norton da foto (aqui fotografada no Grande Prémio de Pau de 1960), vindo-se a assumir como um dos melhores privados do Mundial de Motociclismo dos anos 60, correndo nas categorias de 350 e 500 cm3. Nos entretantos, na África do Sul começou também a experimentar as corridas em quatro rodas, disputando algumas rondas do campeonato local em 1963, ano em que se inscreveu para o Grande Prémio da África do Sul, mas não alinhou devido a um acidente nos treinos.
Depois desse primeiro “namoro”, ainda continuou no Mundial de Motociclismo onde viria a conquistar um meritório terceiro lugar final na categoria de 500cm3 em 1965, aos comandos de uma Matchless, passando gradualmente depois a tempo inteiro para os automóveis no campeonato local de Fórmula 1, voltando ao contacto com o “Grande Circo” quando este visitou Kyalami para o Grande Prémio sul-africano de 1974, com Driver a alinhar num Lotus 72E/Ford do Team Gunston. Diga-se ainda que o seu nome é dos mais curiosos no rol dos pilotos que já passaram pela Fórmula 1, na perspectiva da língua inglesa.