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Derek Gardner começou por trabalhar na Harry Ferguson Research com o objectivo de desenvolver o sistema de quatro rodas motrizes para os automóveis de Fórmula 1 da Matra em 1969. No ano seguinte conheceu Ken Tyrrell, que prontamente o contratou para desenhar os seus chassis, começando logo no primeiro modelo da equipa, o 001, continuando a desenvolver posteriormente os seu automóveis. Derek foi também o responsável pelo Tyrrell P34, o peculiar automóvel de seis rodas, e do Brabham BT46B “fan car” (automóvel de ventoinha, em tradução livre).
Para 1974, a Tyrrell introduz o seu modelo 007, desenhado por Gardner e com uma distância entre eixos maior em relação ao anterior modelo. Competiu até 1976 pela equipa oficial, sendo substituído pelo P34, e em 1977 foi utilizado por equipas privadas. Em 1975 o 007 sofre uma alteração, onde os travões da frente passam para uma colocação tradicional, junto à roda, ao invés de inboard como acontecia nos modelos anteriores.
O Tyrrell 007 tem um chassis monocoque contruído em alumínio, com suspensão de triângulos sobrepostos na frente e traseira. A nível mecânico, está equipado com o motor V8 DFV concebido pela Ford e Cosworth, de 3.0L de cilindrada, acoplado a uma caixa Hewland FG400 de cinco velocidades manuais. O peso total do 007 é de 625kg.
Jody Scheckter chegou à Tyrrell em 1974 e competiu com o 007 até 1976, com três vitórias no total, ajudando a Elf Team Tyrrell a conseguir dois terceiros lugares no campeonato de construtores, em 1974 e 1976.
Presente neste artigo está o Tyrrell 007 com o chassis 007/6, ou seja, o sexto produzido, introduzido na competição em 1975, no Grande Prémio de França, e conduzido por Jody Scheckter em 12 Grande Prémios entre 1975 e 1976. O melhor resultado foi o terceiro posto no Grande Prémio Britânico em Silverstone, em 1975.
Em 1976 fez algumas corridas, mas na sua maioria serviu como carro de reserva até Agosto desse ano, quando a Tyrrell o vendeu ao piloto austríaco Otto Stuppacher, que o tentou qualificar para algumas corridas de Fórmula 1, mas sem sucesso. Foi vendido a Ruedi Jauslin, que o utilizou na Checoslováquia, sendo um dos poucos F1 a cruzar a Cortina de Ferro.
Após estar na colecção de Jody Scheckter desde 1997 foi levado a leilão, num evento organizado pela RM Sotheby’s nos passados dias 10 e 11 de Maio de 2024 no Mónaco, sendo vendido por 702.500 euros.
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