Locomotive, o automóvel de James Bond que nunca existiu… até agora

O filme Thunderball do agente secreto mais famoso do grande ecrã (nada mais do que James Bond), foi lançado em Portugal a 26 de Maio de 1966 com o nome 007 – Operação Relâmpago. A película tem por base o nono livro escrito por Ian Fleming com o mesmo título, lançado a 27 de Março de 1961.

Apesar da Aston Martin ser a marca mais ligada aos filmes de James Bond, nos livros isso não acontecia, uma vez que nas histórias escritas originalmente por Ian Fleming o agente secreto utilizava automóveis da também britânica Bentley.

Um deles era o Locomotive, um Bentley Continental Mk2 dos anos 60, com as alterações exigidas pelo agente secreto. No entanto, e ao contrário dos automóveis produzidos para os filmes, este Bentley nunca existiu na realidade… Até agora.

Para o designer de automóveis Tony Hunter estava na altura de trazer para a realidade o automóvel presente no imaginário de Ian Fleming, como o “the most selfish car in England”. Para isso, utilizou um Bentley Continental R-Type de 1953 que enviou para a Polónia, onde foi desenhado e construído durante sete anos, seguindo as descrições de Ian Fleming nos seus livros.

Como seria de esperar, Hunter dotou o Bentley com todos os acessórios necessários para o serviço do agente secreto, incluindo um telefone funcional, extraído de um bombardeiro da RAF dos anos 50, que faz a ligação das chamadas através de um iPhone escondido na consola central do Bentley. Além disso, estão também presentes as armas e os sistemas de fumo e de óleo.

Debaixo do capot reside o motor Bentley S1 de seis cilindros em linha e 4,9L de cilindrada, elevando a potência com a ajuda de um compressor volumétrico, o qual se encontra acoplado a uma caixa manual.

Agora, finalmente o Locomotive existe e pode ser utilizado por Hunter para entrar na pele de James Bond nos anos 50 e 60. De Hunter para Tony, Tony Hunter.