Dez protótipos desconhecidos da Pininfarina

Clássicos 02 Fev 2025

Dez protótipos desconhecidos da Pininfarina

A Pininfarina faz este ano 90 anos, tendo sido fundada em 1930 por Battista “Pinin” Farina, como Carrozzeria Pinin Farina. Só em 1961 é que a empresa se passaria a denominar-se Pininfarina, com a entrada de Sergio, filho de Battista. Da Pininfarina saíram automóvel belos, grande parte deles da marca Ferrari pois, desde 1951, que poucos foram os modelos da marca italiana não estiveram a cargo dos artistas da Pininfarina. Mas não só da Ferrari se faz a história da Pininfarina, tendo esta produzido vários automóveis para outras marcas e vários protótipos. Neste artigo iremos falar de dez protótipos da Pininfarina, praticamente esquecidos.

Pininfarina X (1960)

Se segue regularmente o Jornal dos Clássicos, este não deverá ser assim tão desconhecido, visto que ainda há pouco tempo falamos do Pininfarina X, mas vamos voltar a falar um pouco dele. O Pininfarina X, apesar do seu design algo diferente, foi um dos estudos de design mais revolucionário da época, com inspiração na aeronáutica e obtendo um coeficiente aerodinâmico de apenas 0,23. A concepção do automóvel esteve a cargo do próprio Battista e por Alberto Morelli, tendo quatro rodas distribuídas de forma estranha. A da frente estava responsável pela direcção e a de trás era responsável por fazer mover o automóvel. As duas rodas laterais serviam só para estabilidade. O automóvel é completamente funcional e está equipado com um motor Fiat de 1,1 litros de cilindrada, desenvolvendo 43 cv.

Pininfarina PF Sigma (1963)

Este protótipo foi concebido unicamente para provar que os automóveis seguros podiam ser elegantes ao mesmo tempo, já que na época, o automóvel seguro era associado a um desenho quadradão. O PF Sigma foi construído com base num Citroën e em parceria com a revista italiana Quattroroute.  Apesar de alguns elementos inovadores, como barras de reforço no tejadilho, interior acolchoado e bancos ergonómicos, o que salta à vista são as suas portas deslizantes.

Fiat 128 Teenager (1969)

Numa altura em que os automóveis de praia estavam na moda, como o Citroen Mehari, a Pininfarina desenvolveu um automóvel idêntico, com base no Fiat 128, apresentando-o no Salão de Turim de 1969. Com o chassis do 128 encurtado, o Teenager tinha tudo o que um adolescente poderia querer na época, vindo equipado com walkie-talkie, rádio e para-brisas rebatível. Infelizmente, não passou para a produção.

Ferrari Studio Cr25 (1974)

Este protótipo resume-se em ser um Ferrari com bastantes sistemas inovadores de segurança, como por exemplo os para-choques que absorvem o impacto, sendo um dos elementos que os designers mais odiavam e não os conseguiam enquadrar no desenho. Este foi o primeiro protótipo Ferrari a ser construído após o Módulo e poderia ser um possível sucessor para o 365. O nome provem da aerodinâmica excepcional, com um coeficiente aerodinâmico de 0,25, desenvolvido no então novo túnel de vento da Pininfarina.

Pininfarina Studio CNR (1978)

Este protótipo tinha como objectivo ultrapassar os obstáculos provocados pelo vento, mantendo as linhas clássicas, mas que aqui não resultaram muito bem. O CNR foi desenvolvido em conjunto com o Consiglio Nazionale delle Ricerche italiano. Em 1979, venceu o Compasso d’Oro para o prémio de “Forma Aerodinâmica Ideal”, com um coeficiente de 0,20.

Audi Quartz (1981)

O objectivo do Audi Quartz foi transformar um Audi Ur-Quattro, num automóvel mais leve, utilizando materiais experimentais, como fibra de carbono, Kevlar e policarbonato. Apesar de não muito bonito, conseguiu reduzir em 80 kg o peso do Quattro original e estar na origem, mais tarde, de um certo e apaixonante Alfa Romeo.

Honda HP-X (1984)

Ainda antes do início do desenvolvimento do NSX, já a Pininfarina tinha desenvolvido um protótipo de um superdesportivo para a Honda, tendo uma aerodinâmica com efeito solo. Para a sua propulsão estava um motor V6 de 2,0 litros de cilindrada. Este protótipo é totalmente funcional e teve grande importância no desenvolvimento do NSX.

Lancia HIT (1988)

O Lancia HIT conjugava muita coisa boa, num automóvel só, o que do ponto de vista do prazer de condução era algo fabuloso. À mecânica do Lancia Delta HF Integrale, era adicionado um chassis em fibra de carbono, bastante rígido, com uma carroçaria coupé produzida em Kevlar e fibra de vidro, para um peso total de somente 980 kg. O nome HIT provém das iniciais de High Italian Technology.

Pininfarina Ethos 1 e 2 (1992 e 1993)

O primeiro Pininfarina Ethos foi desenvolvido no início dos anos 90, com o intuito de desenvolver um automóvel desportivo e amigo do ambiente, desenhado por Stephane Schwarz, com um estilo radical de um Spider, que poderia ser utilizado na cidade. Foi construído com materiais recicláveis e o chassis em Hydro-alumínio, carroçaria termoplástica e um motor Orbital, pouco potente, mas bastante eficiente. O segundo Ethos foi apresentado em 1993, tem uma carroçaria mais desportiva, com um coeficiente de apenas 0,19.

Citroën Osée (2001)

O Osée era o superdesportivo da marca francesa. O habitáculo foi inspirado claramente no McLaren F1, com três lugares e o condutor sentado no centro, ligeiramente para a frente, mas também no Matra Bagheera, que também tinha três lugares. Estava equipado com o motor V6 de 3,0 litros de cilindrada retirado do Citroën C5, montado em posição central. Foi desenhado pelo próprio Sergio Pininfarina e a entrada para o habitáculo era através da abertura da cúpula central, muito em voga nos protótipos dos anos 70.

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