Protótipo do Portaro assinala 50 anos da marca no Salão Motorclássico

O Salão Motorclássico, com data marcada já para os próximos dias 21, 22 e 23 de Fevereiro, celebrará os 50 anos do Portaro – o primeiro todo-o-terreno português nascido em pleno período revolucionário -, contando com a presença do primeiro protótipo no evento, acompanhada da participação de Hipólito Pires, o seu criador, nas Motor Talks by Cartrack realizadas durante o evento.

Hipólito Pires começou, nos anos 70, por adquirir chassis rolantes à romena Aro, os quais eram posteriormente montados e acabados em Portugal com motorizações e carroçarias adaptadas. As primeiras unidades do Portaro surgiriam em 1976 e, se inicialmente demonstravam um carácter mais rústico, com o tempo evoluíram para carroçarias mais confortáveis e atractivas, com construção em chapa de aço e pintura anticorrosiva, garantindo resistência em condições extremas.

Os motores diesel Daihatsu e a gasolina de origem Volvo conferiam ao modelo um conjunto de características, entre as quais se destacavam a fiabilidade, potência e economia de utilização, enquanto a suspensão dianteira independente e amortecedores de gás melhoravam o conforto.

O Portaro destacou-se igualmente no mundo da competição, vencendo o Rally do Atlas em 1982 e alcançando o 10.º lugar no Paris-Dakar de 1983, numa prova da sua valência e robustez. A vertente militar também seria explorada, com o modelo Portaro GVM, apresentado em 1983 e desenvolvido segundo as normas da NATO.

Apesar do encerramento em 1990, com quase 7.000 unidades vendidas no mercado nacional e metade da produção exportada, o Portaro marcou o panorama automóvel português, numa história de meio século que é agora celebrada no Salão Motorclássico na Cordoaria Nacional, em Lisboa.