Honda City Turbo 2 e Motocompo, a pequena combinação perfeita

Clássicos 08 Jan 2025

Honda City Turbo 2 e Motocompo, a pequena combinação perfeita

A primeira geração do Honda City, conhecida internamente por AA, foi produzida entre Novembro de 1981 e Outubro de 1986, e estava disponível em várias configurações, incluindo a descapotável desenhada pela Pininfarina.

O motor que o equipa é o ER CVCC-II de quatro cilindros em linha com 1,2L de cilindrada, a desenvolver 44 cavalos de potência. Existiam três versões: o City E (o modelo mais económico), o City R (mais desportivo) e o City Pro, destinados às actividades comerciais.

Em Setembro de 1982 é lançada a versão mais musculada City Turbo, onde o motor ER passa a ser sobrealimentado com um turbo IHI RHB51 e a potência sobe para os 100cv às 5500rpm, e o binário para os 147Nm às 3000rpm. Este era o sonho de Hirotoshi Honda, filho do fundador da Honda e fundador da Mugen, que teve a ideia de aplicar um turbo no City, passando o modelo para a produção em série. Além da sobrealimentação, o motor recebe também uma cabeça produzido em alumínio e titânio, assim como uma tampa das válvulas em magnésio.

Em Novembro de 1983 chega a versão ainda mais apimentada, o City Turbo II, à qual é adicionada um intercooler, uma borboleta maior, um colector de admissão modificado e um turbo AR, com a taxa de compressão a subir para os 7,6:1 e a potência a atingir os 110cv às mesmas 5500rpm, e o binário os 160Nm também às 3000rpm. Exteriormente as cavas das rodas são alargadas para acomodar uma largura de vias maior (30mm na frente e 20mm na traseira) e são adicionadas saias laterais, assim como um lettering específico. A par com o City Cabriolet, que também tem a carroçaria mais larga, a denominação interna do City Turbo II passa a FA.

A suspensão dos Honda City Turbo é totalmente independente nas quatro rodas, com barras estabilizadoras em ambos os eixos. A travagem é assegurada por discos ventilados na frente e tambores na traseira.

Até Março de 1985 todos os City Turbo contavam com painel de instrumentos digital, passando para o tradicional analógico depois dessa data. Além disso, o interior conta com um conta-rotações, volante de três braços e bancos mais desportivos, que podiam estar equipados com o sistema Sonic Seat, que transmite som e vibração para o banco. No total a Honda terá produzido cerca de 40.000 City Turbo e City Turbo II.

Apesar de o Honda City ter sido desenvolvido com o mercado interno em foco, seria exportado para alguns mercados europeus como Honda Jazz, uma vez que a Opel detinha os direitos da designação City. Para a Europa vieram apenas os motores atmosféricos de 45 ou 56cv.

De entre as opções de equipamento do Honda City, estava a possibilidade de vir equipado com uma pequena moto articulada na bagageira – a Honda Motocompo -, sendo este compartimento desenvolvido com as medidas exactas da mota de forma a esta poder ser transportada no automóvel.

A Honda Motocompo, também conhecida por Honda NCZ 50, foi produzida entra 1981 e 1983, apenas para ser transportada na bagageira dos automóveis mais pequenos, como o Honda City e o Honda Today, e era vendida exclusivamente no Japão como o motociclo mais pequeno alguma vez produzido pela Honda. A ideia era ser, precisamente, transportada na bagageira, para assim ser mais fácil a circulação das pessoas dentro das grandes cidades.

A Motocompo está equipada com o motor monocilíndrico AB12E a dois tempos e arrefecido a ar com 49cc de cilindrada, capaz de produzir 2,5cv de potência às 5000rpm. Estava apenas disponível em três cores (Shetland White, Daisy Yellow e Caribbean Red) e, no total, foram produzidas 53.369 exemplares.

Presente neste artigo está então uma pequena combinação perfeita: um Honda City Turbo II (a versão mais apimentada do modelo), e uma Motocompo. O City Turbo II em questão está totalmente imaculado, uma vez que só foi conduzido 9.000km até aos dias de hoje. Ambos estão a ser vendidos como um pack por 68.900 euros na AutoSL na Alemanha.

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