A história da Larousse – Parte III

Competição 08 Jan 2025

A história da Larousse – Parte III

Por Paulo Alexandre Teixeira

A temporada de 1991 até começa bem, com um sexto lugar para Suzuki na corrida de Phoenix. Bernard conseguiria outro ponto no México, mas à medida que a temporada prosseguia, a Larrousse lutava pela sobrevivência, porque os seus fundos estavam a minguar. Em Julho desse ano, pediram protecção dos credores num tribunal francês, porque não conseguiam pagar as dívidas à Lola e à Hart, e no final de Agosto, uma outra firma de capital de risco, a Central Park, comprava 65 por cento da equipa.

Cedo surgiu um comprador: a pequena construtora de automóveis, a Venturi, depois de, durante o Verão, terem falhado as conversações para uma fusão com a AGS, que também lutava pela sobrevivência.

Para a temporada de 1992, os motores Lamborghini regressaram, e ao lado do belga Bertrand Gachot – que tinha substituído Eric Bernard quando este se lesionou nos treinos para o GP do Japão – veio outro japonês, Ukyo Katayama.

A temporada não foi boa, conseguindo apenas um ponto com Gachot nas ruas do Mónaco. E cedo a Venturi descobriu que gerir uma equipa não era barato, e vendeu as suas acções a outra firma de capital, a Comstock que, na realidade… era uma fachada, gerida por um homem procurado por polícias em meia Europa.

Rainer Waldorf, o homem ao qual as ações da Larrousse foram vendidas, chamava-se na realidade Klaus Walz e era procurado quer pela policia alemã, mas também pela francesa e suíça. A razão? Homicídios. Pelo menos, quatro.

No Verão desse mesmo ano, tinha sido localizado pela polícia francesa, e cercado na casa onde estava. Acabou por fazer um refém, e usando uma granada de mão – que não estava activa – escapou às autoridades, e fugiu para a Alemanha. Ali, com outro nome, foi descoberto num hotel e acabou cercado, começando um tiroteio que durou nove horas e acabou com a morte de Walz, que se suicidou.

Com tudo isto, Larrousse decidiu encarar a temporada de 1993 construindo o seu próprio chassis. Contratou uma nova dupla, os franceses Philippe Alliot e Érik Comas, e tinha motores Lamborghini. As coisas correram um pouco melhor, com um quinto lugar para Alliot em Imola e um sexto posto para Comas em Itália.

Esses três pontos deram o décimo lugar na classificação dos Construtores à equipa. Contudo, para haver dinheiro no final da temporada, um dos lugares foi cedido para o japonês Toshio Suzuki – sem qualquer relação com Aguri Suzuki –, o qual correu nas duas últimas corridas da temporada.

Fotografias: LAT Photographic, Motorsport Images

Classificados

Siga-nos nas Redes Sociais

FacebookInstagramYoutube