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Keith Burns, o mestre das bandas desenhadas
Não há maneira melhor do que ilustrar histórias de comics para aprimorar as habilidades de desenho, como Keith Burns provou.
Das páginas das famosas “comics”, o desafio de uma única tela foi abraçado com paixão por este mestre irlandês. Como resultado de sua formação e treino, as pinturas de Burns têm a capacidade de transmitir uma poderosa sensação naqueles que têm a honra de presenciar a sua arte.
Este talento foi demonstrado no Goodwood Festival of Speed, onde Keith Burns cativou os visitantes ao produzir uma nova composição onde retratava o lendário Ray Hanna a praticar um sobrevoo no Godwood Revival de 1998, num Spitfire.

Mas este é processo normal de Burns que afirma gosta de pintar ao vivo em eventos como o High Revs e o Aces High Gallery.
Keith Burns nasceu em Dublin onde, desde muito novo, sentiu o aroma de tintas a óleo devido ao facto do pai ser um tipógrafo no “The Irish Times” e que como hobby considerava-se um artista amador com um talento para desenhar cavalos.
Quando o artista tinha 14 anos, a sua família mudou-se para a Ilha de Man, onde testemunhou as corridas de TT. “Sempre desenhei, desde menino, mas quando estudei Belas Artes em Birmingham fiquei desiludido depois que um tutor afirmar que eu não sabia pintar”, relembra Burns.
“Saí da escola de arte, mas acabou por ser uma coisa positiva porque fez com que me esforçasse mais para provar que o professor estava errado.”
Além de construir kits de modelos, as histórias em bandas desenhadas foram uma paixão inicial de Burns.
“O trabalho de ilustradores como Kev Walker e Simon Bisley surpreenderam-me”, explica o artista. “Um amigo contou-me sobre um workshop com John McCrea e isso fez com que começasse a fazer algumas ilustrações estranhas, mas principalmente de graça.

“Depois de vários trabalhos aleatórios, eu e o meu parceiro poupamos o suficiente para viajar pelo mundo. Mal começamos uma viagem de costa a costa de Los Angeles, recebi uma ligação de alguns amigos que estava em Hong Kong a perguntar se eu estava interessado em fazer uma história gráfica.
“Depois da nossa viagem terminar, acabei por passar um ano a ilustrar comics em Hong Kong.”
Este projecto o começo e o pontapé inicial da carreira de Keith Burns, que inclui um projecto emocionante com McRea intitulado “The Boys”. O sucesso do The Boys resultou numa série de trabalhos como o Ex-Con, Johnny Red e Out of the Blue: “Desenhar em Los Angeles nos anos 80 para Ex-Con deu-me a oportunidade de incluir um Lamborghini Countach e todos os meus camiões americanos favoritos, que era obcecado quando ainda era criança.”

Esta reação positiva aos seus trabalhos fez com que Burns se dedica-se a encomendas de pintura, tanto aeronáutica como automóvel.
“Um dos meus heróis é Michael Turner”, explica o artista. “Não consegui acreditar quando ele me presenteou com a “Pintura do Ano” na exposição Guild of Aviation Artists de 2016.”
A versatilidade de Burns e os temas levou a que, recentemente, recebesse uma encomenda dos Correios de Jersey, para uma colecção de selos que celebram a história da Fórmula 1, que já evoluiu para um projecto de um livro com o jornalista Joe Saward.
“Sempre adorei o automobilismo”, entusiasma-se Burns. “As minhas pinturas do GCSE apresentava GT40 e eu adoraria fazer uma história em formato de revista gráfica de Le Mans na década de 60”.
