McLaren M23, o automóvel responsável pelo primeiro título da marca na Fórmula 1

Clássicos 03 Dez 2024

McLaren M23, o automóvel responsável pelo primeiro título da marca na Fórmula 1

O McLaren M23 foi o automóvel construído pela marca britânica nascida na Nova Zelândia para competir na Fórmula 1 de 1973 a 1977, e em 1978 através de equipas privadas. Foi desenhado por Gordon Coppuck com a ajuda de John Barnard, com base no M16 que competia nos EUA na Indy Series.

Tal como a grande maioria dos automóveis de F1 da época, utilizava o famoso V8 Ford-Cosworth DFV, preparado pela Nicholson-McLaren Engines, com a potência subir para os 465cv e, posteriormente, para os 490cv. Acoplado ao motor está uma caixa Hewland FG400 de cinco ou seis velocidades manuais, esta última introduzida em 1975.

O McLaren M23 conquistou o primeiro título de construtores para a McLaren em 1974, e dois títulos de pilotos, com Emerson Fittipaldi em 1974 e James Hunt em 1976. No total foram produzidos 13 chassis, de todas as especificações, numerados de 1 a 14, com o número 13 a ser dispensado, não fosse alguma superstição revelar-se perniciosa.

Presente neste artigo está o McLaren M23 com o chassis número 2 que competiu em 1973 pela equipa Yardley Team McLaren, com o piloto Peter Revson aos seus comandos em oito Grande Prémios, vencendo o Grande Prémio Britânico com este mesmo automóvel. Além de Revson, este M23 também foi conduzido em dois Grande Prémios por Jody Scheckter. No final da temporada de 1973, foi vendido à equipa Sul Africana Scuderia Scribante, competindo dois anos no Campeonato de Fórmula 1 da África do Sul, vencendo-o nas duas vezes.

Após a mudança das regras no Campeonato Sul Africano, este M23 foi vendido a John McCormack, que o converteu para as especificações F5000. Por entre todas as modificações, contava agora com o motor V8 Leyland P76 de 4,9L de cilindrada. Em 1979 foi novamente modificado para competir nos EUA. No total, só este M23 competiu em 63 corridas.

Permaneceu armazenado vários anos até ser adquirido pela própria McLaren, com o objectivo de o restaurar para as especificações originais. Ficou vários anos na colecção da marca, até passar para a colecção pessoal de Jody Scheckter. Foi levado a leilão, através da RM Sotheby’s num evento organizado no Mónaco entre os passados dias 10 e 11 de Maio, sendo vendido por 1,028,750 euros.

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