Protótipo do Dia: CDA Exemplar I

Os automóveis protótipos têm sempre um propósito na base da sua criação, seja o de mostrar, testar e desenvolver novas tecnologias e novas linguagens de desenho, ou então serem uma montra para uma empresa que queira divulgar os seus produtos.

É precisamente nesta última categoria que entra o Exemplar I, um automóvel único com apenas um propósito: revelar o cobre, latão e o bronze como possibilidades de materiais a utilizar na indústria automóvel, tal como nos primeiros veículos construídos ainda no século XIX. Foi concebido pela Copper Development Association, em conjunto com a Bridgeport Brass Company.

A base do Exemplar I é um Buick Riviera Gran Sport de 1967, que foi enviado para Itália – mais concretamente para a Carrozzeria Coggiola – de forma a ser construída uma carroçaria especial desenhada por Mario Revelli di Beaumont, utilizando os materiais supramencionados. Além da carroçaria diferente, o Exemplar I recebeu ainda algumas outras alterações, como dois radiadores de refrigeração do motor e a colocação do pneu suplente na frente do automóvel.

A nível mecânico preservava o motor V8 Buick 430 de 7,0L de cilindrada e 360cv de potência, acoplado a uma caixa automática de três velocidades, que envia a potência para o diferencial traseiro autoblocante Positraction. O interior foi inteiramente modificado, com muita pele e cobre (como não poderia deixar de ser), e um volante Nardi.

Após estar concluído, foi enviado de novo para os EUA onde foi mostrado aos executivos das empresas envolvidas, antes de ser mostrado ao público no Salão Automóvel de Nova Iorque de 1968. Durante os dois anos seguintes foi utilizado em diversas exposições por todo o país.

Quando foi dada por terminada a sua utilização, o Exemplar I tinha como destino a sucata, tal como era norma na época, e também porque não podia ser registado, dado não cumprir com as normas antipoluição.

No entanto, Herman Steinkrau (presidente da Bridgeport Brass Company), não deixou que isso acontecesse e adquiriu o protótipo, preservando-o na sua posse durante décadas até à sua morte, momento em que foi vendido, tendo passado por diversas colecções privadas desde então.