Competição • 03 Dez 2019
Em 1991, Ayrton Senna conseguia finalmente vencer o seu Grande Prémio caseiro, após uma prova de superação para lá de humana, na qual o seu McLaren ficou encravado em sexta velocidade, num tormento feito glória mal o piloto brasileiro cruzou a meta.
Vinte e três anos depois, o Brasil parou para um momento desenhado desde início para a eternidade: de macacão branco, Lewis Hamilton entrava para o McLaren MP4/5B de Senna, acelerando pelo traçado de Interlagos sob um clima que só podia ali mesmo ter sido encomendado pelo eterno astro brasileiro – à chuva, pois claro.
De repente, todos os que viam estas imagens transportavam-se para os lugares mágicos desenhados pelo talento, esforço e dedicação de Ayrton Senna, ao sentir o rugido do motor Honda V10 feito paisagem sonora colorida pela bandeira a esvoaçar nas mãos do piloto britânico.
A tríade do Olimpo estava assim junta, com o McLaren de Senna nas mãos de Hamilton a coroar um dia que reservava, ainda, lugar para um dos feitos maiores da história moderna da F1, concretizado horas depois na brilhante vitória de Max Verstappen – que, à chuva, partiu de 17º lugar na grelha e só parou ao cruzar a meta em primeiro lugar.
Recorde connosco, com o Vídeo da Semana que hoje escolhemos, este momento que nos lembra que os deuses do Olimpo às vezes, afinal, se vestem de fatos brancos, bandeiras e rugidos de motores que permanecem para a história.