O caminho até à F1: Peter Arundell

Arquivos 24 Set 2024

O caminho até à F1: Peter Arundell

Por Pedro Branco

Aquando da estreia de Lewis Hamilton no mundial de Fórmula 1, todos lhe gabaram os rápidos resultados obtidos por um rookie, com a estatísticas históricas a serem bem escavadas para encontrar um paralelo. Os vários articulistas tiveram de recuar até à década de 60 para encontrar outro fenómeno do género, também de Inglaterra, Peter Arundell.
 
Arundell era um ex-piloto da RAF que procurou novas emoções depois de ter saído do seu serviço, começando a correr em pequenas corridas de sport britânicas ao volante de um MG e de um Lotus XI. Depressa virou também a sua atenção para os monolugares, iniciando aí uma carreira de piloto profissional com o primeiro emprego a ser na Elva, destacando-se desde logo nos seus pequenos F. Junior com motor DKW.
 
Passou para o Team Lotus em 1960, concentrando-se sobretudo nas corridas de F. Junior (embora tenha também feito algumas saídas com os Elite em provas de sport como as 24 Horas de Le Mans), onde era o terceiro no alinhamento da equipa, atrás de Jim Clark e Trevor Taylor. Em 1962, face a Clark e Taylor estarem sobretudo ao serviço da equipa de Fórmula 1, Arundell assumiu o protagonismo na cena da F. Junior britânica, dominando a concorrência sem apelo nem agravo, com os “mentideros” a acusarem-no de ter um motor ilegal face à concorrência. Para provar que no novel Ford Cosworth MAE era “somente” competitivo e nada mais, o Team Lotus inscreveu-o no Grande Prémio da Lotteria de Monza e no GP do Mónaco, onde venceu categoricamente também, fazendo assim vingar a alcunha de “King of Formula Junior” ganha nesse ano! Em 1963, continuou a correr na F. Junior com um Lotus, mas desta feita a participação oficial da marca fundada por Colin Chapman tinha sido entregue a Ron Harris.
 
E a Fórmula 1? Perante tão brilhante palmarés entretanto conquistado, Arundell foi obtendo as suas primeiras participações ao serviço do Team Lotus em provas extra-campeonato em 1962 e 63, não desmerecendo em comparação com os colegas mais experientes. E depois de tantos e brilhantes serviços prestados à casa, foi promovido à equipa de Fórmula 1 em 1964, como um dos “escudeiros” de Jim Clark, estreando-se com grande aparato no Grande Prémio do Mónaco ao chegar ao final da corrida na terceira posição!

 

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