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Por Tiago Nova
Nos anos 50, nascia uma série de automóveis de competição e de estrada que marcaria a história da Ferrari para sempre, os Ferrari 250 – uma linha com grande sucesso para a marca nos seus primeiros anos de vida. Estes modelos caracterizam-se por, na sua grande maioria, utilizarem o motor Colombo V12 de 3,0L de cilindrada, conhecido pela sua leveza e imensa potência. A designação do modelo (250) provém precisamente das características da sua motorização, correspondendo à capacidade unitária de cada cilindro.
Desenhado pela Pinin Farina e construído pela Scaglietti, com o objectivo de exportar para a América do Norte, o 250 GT foi transformado em descapotável com base no chassis longo LWB, lançando em 1957 e designado de 250 GT California Spyder. A sua carroçaria era construída em aço, com as portas, capot e tampa da bagageira em alumínio nas versões normais, enquanto que nas versões destinadas à competição – denominadas Competizione – toda a carroçaria era construída em alumínio.
O motor era o mesmo do 250 GT Tour de France, o Colombo V12 de 3,0L de cilindrada, com uma árvore de cames em cada cabeça, duas válvulas por cilindro e três carburadores Weber, debitando 240cv às 7000rpm e 265Nm de binário às 5000rpm.
No total, apenas 50 exemplares do 250 GT California Spyder foram construídos com o chassis longo, uma vez que, em 1960, surgiria o 250 GT California Spyder com base no chassis curto SWB.
Apesar de não ser concebido para competição, alguns dos exemplares acabaram nas corridas de resistência, daí o desenvolvimento da versão Competizione, da qual apenas oito exemplares foram construídos.
Esse mesmo automóvel é o exemplar que encontramos hoje neste artigo, com o chassis número 1451GT, sendo o segundo Competizione construído e o primeiro a receber o motor Tipo 128F com árvores de cames melhoradas e três carburadores Weber 40 DCL6, capaz de debitar 263cv às 7300rpm.
Após as 24h de Le Mans de 1959, Bob Grossman adquiriu o automóvel, que o levou para os EUA já terminado como deve ser, uma vez que tinha saído da fábrica de Maranello apenas cinco dias antes das 24h de Le Mans, e faltavam-lhe alguns pormenores. Grossman competiu com ele em diversas provas do SCCA e a 16 de Dezembro de 1959 venceu a Memorial Trophy da Nassau Speed Week.
Está pintado agora na cor correcta, uma vez que havia sido pintado em Rosso Corsa em 1981, permanecendo nessa tonalidade até ao ano passado. Actualmente reside numa colecção de modelos Ferrari nos EUA, apesar de se encontrar à venda com preço sob consulta através da Copley Motorcars.
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