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A Ruf pode parecer à primeira vista apenas mais uma preparadora de automóveis Porsche, mas na realidade é uma fabricante de direito próprio, com número de chassis iniciados por W09, utilizando modelos da Porsche como base, aproveitando precisamente apenas os seus chassis. Além disso, desenvolve também peças de alta performance e restaura automóveis clássicos.
Um dos seus modelos mais conhecidos é o RUF CTR, conhecido por “Yellowbird”, nome dado durante um teste da revista americana “Road and Track” ao protótipo do automóvel. A sigla CTR significa Grupo C Turbo Ruf, tendo este sido lançado em 1987. Até 1996, altura em que cessou a produção do CTR, a Ruf produziu apenas 29 unidades, a que se somam alguns outros Porsche 911 de clientes alterados para as mesmas especificações.
Em 1995 a Ruf lança o modelo CTR2, a segunda geração do icónico automóvel, agora produzido com base no 911 Turbo da geração 993 e sempre em quantidades muito limitadas. As grandes alterações, que saltam à vista, consistem numa aerodinâmica mais apurada, com um spoiler traseiro com duas funções: criar força descendente e canalizar o ar para os dois intercoolers. Já no interior, está equipado com duas baquets de competição Recaro, cintos de cinco pontos da Simpson e rollcage integrada. A carroçaria é praticamente toda produzida em carbono-Kevlar, de forma a melhorar a rigidez e diminuir o peso.
Quando a produção do CTR2 terminou, em 1997, a Ruf quis continuar a oferecer um modelo de performances elevadas e, para esse efeito, concebeu apenas para o ano de 1998 o Ruf Turbo R, também com base no Porsche 911 Turbo da geração 993.
O Turbo R está equipado com o motor M64/60 do 911 Turbo, um boxer de seis cilindros de 3,6L de cilindrada e dois turbos, mas alterado pela Ruf de modo a extrair 490cv de potência às 5500rpm e 650Nm de binário às 4500rpm. Acoplado ao motor está uma caixa manual de seis velocidades, que envia a potência para as quatro rodas, apesar de a Ruf ter construído o Turbo R apenas de tracção traseira para os clientes que assim desejavam. O Turbo R atingia os 100km/h em 3,6 segundos e poderia chegar aos 329km/h de velocidade máxima.
Exteriormente, o Turbo R tinha as mesmas alterações efectuadas ao CTR2, e também espelhos mais aerodinâmicos, jantes de 18”, sendo removidas as calhas de escoamento do tejadilho. No interior tem uma rollcage integral e duas backets adicionadas.
Apenas 15 Ruf Turbo R terão sido produzidos em 1998, e apenas quatro com tracção integral.
Presente neste artigo está um Ruf Turbo R que esteve na colecção da própria Ruf North America e é um dos apenas quatro equipados com tracção integral. Pintado na cor Grand Prix White, com interior em pele preta e apontamentos em Acid Green, este automóvel sofreu algumas alterações efectuadas pela própria Ruf em 2022, que incluem turbos maiores, jantes com aperto central, travões carbocerâmicos, estando agora com uma potência de 560cv. No passado dia 2 de Março foi levado a leilão, através de um evento organizado pela RM Sotheby’s em Miami, sendo vendido por 1.517.500 dólares, cerca de 1,35 milhões de euros.
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