Arquivos • 25 Jun 2012
O Honda CR-X é um pequeno desportivo, com base no modelo Civic, lançado no mercado japonês, em 1983, como Honda Ballade Sports CR-X, sendo que o Ballade era o nome dado ao Civic de quatro portas naquele mercado. Apesar de haver várias teorias para o significado das siglas CRX, a mais coerente é que signifique Civic Renaissance Experimental.
A primeira geração do CR-X, que esteve em produção até 1987, tinha as suas versões Si no mercado japonês ou a versão 1.6i-16 na europeia, equipados com o motor D16 de 1,6 litros de cilindrada com 137cv no mercado doméstico, e com o motor ZC1 de 125cv no europeu. Os CR-X desta primeira geração são um quanto raros, principalmente no nosso mercado, onde não foram vendidos oficialmente. No entanto, existe ainda uma versão mais rara, o CR-X modificado pela Mugen, vendido novo nos concessionários nipónicos da marca.
A Mugen foi fundada em 1973 por Hirotoshi Honda, filho de Soichiro Honda, fundador da marca com o mesmo nome, e também por Masao Kimura. O objectivo da empresa é ser a preparadora oficial dos productos da Honda, tanto para motociclos como para automóveis, principalmente para o desporto motorizado, mas também produz peças de alta performance e estética para automóveis de estrada. No Japão, a Mugen vende automóveis completos nos concessionários da Honda, sendo que o CR-X da primeira geração, foi o segundo modelo a receber tal tratamento pela empresa.
As alterações da Mugen nos Honda CR-X, que eram conhecidos por Mugen CR-X Pro, residiam essencialmente na estética, com novos para-choques à frente e atrás, embaladeiras, spoilers, vários autocolantes que indicavam tratar-se de uma versão da Mugen e as jantes, que passavam a ser as CF-48 em 13′, 14′ ou 15 polegadas. Na traseira sobressaiam também as duas saídas de escapes e a penela central da Mugen.
Este kit estético era designado de Mugen Aeroline e foi desenhado por Takuya Yura, da Mooncraft, com vista a melhorar a aerodinâmica. O interior também recebia modificações, com os pedais, moca da alavanca das velocidades Mugen Formula, os bancos Mugen S1 e o volante Mugen SW-36. Outra particularidade era que os CR-X da Mugen não tinham tecto de abrir, mas era instalado um pequeno respiro, que poderia ser aberto consoante a necessidade, além dos respiros também adicionados ao pilar B.
Como não poderia deixar de ser, os motores também recebiam alguns melhoramentos, como novas válvulas, molas das válvulas melhoradas e umas árvores de cames mais agressivas, dando um pouco mais de potência e de binário ao motor. A suspensão também eram aletradas, para apurar a condução rápida em estradas sinuosas.
Se hoje um CR-X da primeira geração é raro, os exemplares alterados oficialmente pela Mugen ainda mais o são.
Deixe um comentário