20 automóveis que não pode perder na Rampa Histórica Michelin

Competição 15 Ago 2024

20 automóveis que não pode perder na Rampa Histórica Michelin

A 19º edição do Caramulo Motorfestival, que decorre já nos dias 6, 7 e 8 de Setembro, vai contar com mais de 1000 automóveis em todo o evento, e a Rampa Histórica Michelin com mais de 140, divididos entre as categorias Chronomasters e Speedmasters.

Será um alinhamento sem precedentes, composto por estrelas de todas as épocas e de todas as marcas, que prometem atrair milhares de petrolheads à serra do Caramulo.

Seleccionámos 20 automóveis absolutamente extraordinários, que partilhamos abaixo, e que não vai querer mesmo perder, neste Caramulo Motorfestival.




Bizzarrini 5300 GT (1965)

O Bizzarrini 5300 GT Corsa foi originalmente desenvolvido como uma variante de alta performance do A3C projetado por Giotto Bizzarrini. Desenhado por um dos mais prolíficos designers de automóveis do mundo, Giorgetto Giugiaro, e contando com aperfeiçoamentos de Piero Drogo da Carrozzeria Sports Cars, o 5300 GT é conhecido pela sua inegável beleza e carácter competitivo.



BMW 635 CSI Grupo A (1986)

A primeira geração do BMW Série 6, conhecida internamente pelo código E24, foi lançada em Janeiro de 1976, para substituir os anteriores coupés E9, e utilizava inicialmente a plataforma dos BMW Série 5 E12 passando, em 1982, para a plataforma do E28. Disponível apenas na carroçaria coupé de duas portas, num traço repleto de personalidade nascido da pena de Paul Bracq, os Série 6 E24 eram construídos, inicialmente, nas instalações da Karmann. Tal como o BMW 3.0 CSL tinha dominado as pistas anteriormente, a BMW não poderia desperdiçar a oportunidade de utilizar o Série 6 E24 nas provas de velocidade. Vários foram os exemplares utilizados, tanto por equipas de fábrica, como privadas, em provas como o DTM, ETCC, 24 Horas de Nürburgring e as 24 Horas de SPA, vencendo vários títulos. Os modelos utilizados tinham por base o 635 CSi nas especificações de Grupo A, que a BMW Motorsport preparava, em conjunto com a Alpina, com base nos motores M30 de seis cilindros em linha e 3,4 litros de cilindrada, com cerca de 320cv. No Caramulo Motorfestival estará presente, precisamente, o 635 CSI com que o piloto Manuel Fernandes competiu, um exemplar nacional repleto de significado histórico.




Chevron B47 (1979)

O Chevron B47 participou no campeonato inglês de Fórmula 3 no final dos anos 70 e inícios dos anos 80, altura em que pertencia à equipa inglesa Derek McMahon Racing, cujos pilotos eram Stefan Johansson, Eddie Jordan e Bernard Devaney. Carlos Tavares – piloto e CEO da Stellantis, o quarto maior grupo automóvel do mundo – estará no Caramulo Motorfestival ao volante do exemplar pilotado por Bernard Devaney.



Ford GT (2006)


O Ford GT é o herdeiro do GT40 que venceu consecutivamente quatro edições das 24 Horas de Le Mans entre 1966 e 1969. Foi desenhado por Camillo Pardo, contando com fortíssimas semelhanças em relação ao modelo original, num traço que evoca não só as suas linhas como também o seu carácter competitivo e vencedor. Devido a uma questão legal relacionada com os direitos sobre o nome GT40, o novo porta-estandarte da marca americana ficaria conhecido simplesmente como Ford GT, e conta com o seu V8 de 5400cc e 550 cavalos que permite atingir uma velocidade máxima de 330 km/h.



Mercedes-Benz 300 SL (1955)


O Mercedes-Benz 300 SL tem origem no desportivo de competição, o modelo W194 de competição equipado com o motor M186, partilhado pelo sedan 300 “Adenauer” (W186) e pelo luxuoso 300 S descapotável de dois lugares (W188). Os sucessos alcançados nas provas em 1952 foram algo surpreendentes, uma vez que o motor do W194 estava equipado apenas com carburadores, produzindo 175cv, uma potência inferior à dos concorrentes da Ferrari e Jaguar. No entanto, o baixo peso e a baixa resistência aerodinâmica tornavam o W194 suficientemente rápido para ser competitivo em corridas de resistência. Para 1953, a marca desenvolveu uma nova versão, adicionando a injecção de combustível e as jantes de 16, instalando ainda a caixa de velocidades no eixo traseiro. A carroçaria era feita de Elektron, uma liga de magnésio, que reduzia o peso em 85 kgs.

O 300 SL era capaz de atingir velocidades até 263 km/h, tornando-o no automóvel de produção mais rápido do seu tempo, com as icónicas portas “Asa de Gaivota” (nascidas de uma necessidade técnica e não com um propósito inicial estritamente estético) e o chassis com estrutura tubular em aço a corporizarem, entre muitas outras, as características inovadoras que contribuíram para o elevar ao estatuto de automóvel com um lugar próprio e tremendamente influente na história, e que celebra agora os seus 70 anos de asas bem apertas na Rampa Histórica Michelin.




BMW 318i Super Touring (Schnitzer ex-Steve Soper, 1993)

Profundamente entrelaçada com os automóveis de turismo, do magistral 3.0 CSL ‘Batmobile’ – que superou o Capri, seu duro rival – ao memorável M3 E30, a BMW tinha precisamente um grande legado para cumprir, quando as mudanças regulamentares tornaram o E30 obsoleto na maioria dos campeonatos de carros de turismo no início dos anos 1990. É aí que surge o BMW E36 318i, equipado com uma versão de dois litros do motor S14 de do E30, e que se enquadrava no novo regulamento Super Touring da FIA, com marcadas semelhanças à versão de produção disponível nos concessionários. No entanto, não nos deixemos enganar: com estas vestes, o 318i provaria ser muito rápido, vencendo uma série de campeonatos de carros de turismo ao redor do mundo. Pilotado pelo lendário Steve Soper e com um palmarés de vitórias memoráveis, o 318i Super Touring presente no Caramulo Motorfestival é um dos exemplares oficiais mais especiais do modelo.





Porsche 904/6 (1964)

Depois de se ter retirado da Fórmula 1 no final da época de 1962, a Porsche concentrou-se novamente nas corridas de sports cars. O 904 estreou-se no final de 1963 como sucessor do 718. A versão de estrada foi lançada em 1964 para cumprir com os regulamentos de homologação do grupo 3, que exigiam a venda de um determinado número de variantes de estrada. Com a sua pequena área frontal de apenas 1,4 metros quadrados, foi projetado por F.A. Porsche e é o primeiro Porsche com uma carroçaria de plástico reforçado com fibra de vidro.





Lancia Delta HF Integrale
(1992)

Pouco podemos já acrescentar à história rica do Delta, nas suas mais variadas versões, que em Grupo A venceriam as edições do Rali Vinho Madeira entre 1987 e 1992, com excepção feita em 1988. Entre o Lancia Delta HF 4wd e o Lancia Delta HF Integrale 16V, o modelo italiano atingiu por dez vezes o pódio durante este período, pilotado por nomes como Dario Cerrato, Yves Loubet, Fabrizio Tabaton ou Andrea Aghini. No Motorfestival estará presente o Delta HF Integrale inscrito pela equipa Astra Racing na edição de 1992 do Rali Vinho Madeira, com as italianas Claudia Peroni e Liliana Armand ao volante.




Ford GT40 (1965)


É o automóvel criado pela empresa norte-americana sob as ordens de Henry Ford II para correr nas 24 Horas de Le Mans e tentar terminar com o reinado da Ferrari na prova. Não só conseguiu, como venceu consecutivamente a mítica corrida de resistência entre 1966 e 1969, entrando desde logo para a história como um dos projectos mais bem sucedidos na clássica de endurance mundial.




Lamborghini Huracán STO (2023)

O automóvel superdesportivo criado com o objetivo único de oferecer todas as sensações e tecnologia de um genuíno carro de corrida num modelo de estrada, com a sua aerodinâmica extrema, a dinâmica de condução em pista, e o motor V10 reunidos numa só versão, pronta para desencadear todas as emoções da pista no dia-a-dia.




McLaren 720 S (2019)

Verdadeira força da natureza, o McLaren 720S apresenta um motor de 4 litros V8 com duplo turbocompressor, que ultrapassa os 700 cavalos de potência e o catapulta para os 100 km/h em menos de 3 segundos. Tudo isto, envolto numa aura de equilíbrio e elegância que o transformam num ser com uma personalidade única no mundo dos supercarros, e que poderá ver e ouvir ao longo das suas várias subidas na Rampa Histórica Michelin.



Peugeot 207 THP Spider (2010)

Entre as criações menos conhecidas da marca francesa encontra-se precisamente esta: o 207 THP Spider. Foi desenvolvido a partir do concept 20Cup da marca e criado para uma série de corridas de monomarca que apoiou várias rondas do LMS em 2007, entrando em acção em pistas como Monza, Spa, Silverstone e Nürburgring. É alimentado pelo motor de 1,6 litros turbo do 207 GTI de estrada, aqui montado em posição central traseira, com 175 cavalos a mover apenas 720 kg, numa carroçaria despojada de todos os elementos supérfluos para a pista, como o pára-brisas e bancos traseiros, conferindo-lhe uma silhueta única.





Renault Clio Maxi (1994)


Especialmente concebido para a categoria Kit Car do Campeonato do Mundo de Ralis, o Renault Clio Maxi tinha como base o aclamado Williams, recebendo no entanto um pulmão reforçado através do motor de quatro cilindros em linha de 2.0 litros, com 250 cavalos nas primeiras versões. Destaca-se desde logo pelo exterior, com o alargamento da carroçaria e o aileron traseiro em fibra de carbono, e conta naturalmente com caixa de velocidades de competição, travões melhorados e suspensão ajustável. Para a história deixou imagens vívidas na memória de todos, pilotado no limite nas mãos de nomes como o deus do asfalto Jean Ragnotti e, claro está, dos portugueses José Carlos Macedo e Pedro Azeredo.





Van Diemen RF81 (1981)


O mítico Van Diemen RF81 é, apenas e só, o automóvel em que Ayrton Senna fez a sua estreia oficial em monolugares na Inglaterra em 1981, e com o qual alcançaria os títulos de campeão da Fórmula Ford 1600. No ano em que se assinalam três décadas sobre a sua morte, o piloto brasileiro será homenageado ao longo das várias subidas do Van Diemen RF81 na Rampa Histórica Michelin, pilotado por Jean Alesi, antigo piloto da Scuderia Ferrari na F1, e um dos mais acarinhados pelos entusiastas.



Volvo S60 Challenge (2004)


O Volvo S60 Challenge é, aos olhos de muitos, uma estrela improvável nos circuitos. Porém, com o motor de cinco cilindros e 2,3 litros baseado na versão de estrada do S60 T5 melhorado pelos engenheiros suecos, a berlina transforma-se numa devoradora do asfalto. A competição S60 Challenge foi estreada no início do milénio, e preservava a história da Volvo nas pistas, numa senda coroada de modelos como a inesquecível Volvo 850.



Porsche 991 GT3 Cup (2018)

Com uma unidade motriz completamente renovada, o Porsche 911 GT3 Cup enfrentou a desafiante época de 2017 – a início, exclusivamente na Porsche Mobil 1 Supercup, na Porsche Carrera Cup Deutschland, bem como na Porsche GT3 Cup Challenge USA e na Porsche GT3 Cup Challenge Canadá, e espalhando-se posteriormente pelo mundo inteiro. Com um motor de quatro litros e seis cilindros que atinge o máximo de 485 cavalos, o GT3 Cup tornou-se desde logo num marco de potente eficiência da marca de Estugarda, sendo pilotado no Motorfestival pelo amarantino Vítor Pascoal.





Renault Sport Spider (1996)

Em franca recuperação após uma segunda metade dos anos 80 difícil, a Renault queria no início dos anos 90 um automóvel que ajudasse a promover a sua imagem como marca desportiva. O Spider seria assim concebido para servir tanto como automóvel de competição numa série monomarca, mas também disponibilizado como carro de estrada. Com características únicas, como o chassis de alumínio e a possibilidade de dispensar o pára-brisas, o Spider – apesar de construído pela Alpine em Dieppe – foi também o primeiro automóvel de estrada a estrear para o público a denominação Renault Sport.




Jaguar XJ220 (1991)

Um dos Supercarros mais icónicos do início da década de 90, desenhado por Keith Helfet, com a premissa de quebrar a barreira das 220 milhas por hora (352 km/h) de velocidade máxima. O concept-car inicial foi apresentado em 1988, no Salão de Birmingham, onde obteve uma reacção melhor do que a esperada. A marca recebeu 1500 depósitos de clientes interessados no futuro modelo, com as primeiras entregas agendadas para 1992. No entanto, a versão final seria um pouco diferente. Por motivos de requisitos de engenharia e de uma nova legislação que limitava fortemente as emissões, o motor V12 foi substituído por um V6 biturbo e a transmissão integral foi simplesmente cancelada. O último XJ220 saiu da linha de produção em Abril de 1994, tendo sido fabricados somente 275 exemplares, transformando este modelo da marca de Coventry num autêntico objecto de culto entre os amantes e apreciadores de automóveis.




Porsche 911 GT3 RS (2010, ex-Sabine Schmitz )

Por muitos considerado como a versão suprema da linhagem 911, o GT3 RS transporta para a estrada o carácter visceral de um modelo com 444 cavalos respiráveis até às excitantes 8000 rpm, num desempenho que cativou desde logo a malograda piloto Sabine Schmitz, famosa por tantos e tantos feitos, dos quais não podemos deixar de destacar aquela volta especial a Nürburgring ao volante de… uma Ford Transit. O exemplar do GT3 RS presente no Motorfestival é, precisamente, aquele que pertenceu a Schmitz, numa homenagem vibrante ao seu espírito de tenacidade e brilhantismo ao volante.



Ferrari SF90 Stradale (2021)

O SF90 Stradale inaugurou a era da arquitectura PHEV (Plug-in Hybrid Electric Vehicle) na marca italiana, integrando o motor a combustão V8 com três motores eléctricos para alcançar uma potência de mil cavalos. O nome do automóvel é uma referência directa ao 90º aniversário da fundação da Scuderia Ferrari e sublinha a forte ligação que sempre existiu entre os seus automóveis de pista e os de estrada, agrupando em si as tecnologias mais avançadas desenvolvidas em Maranello.




Para ficar a saber tudo sobre o Caramulo Motorfestival, consulte a página do evento em www.motorfestival.pt, e também as respectivas redes sociais, no Facebook e no Instagram.

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