Porsche Tapiro: O estranho desenho italiano

Arquivos 07 Jul 2024

Porsche Tapiro: O estranho desenho italiano

É questionável se existe algum designer ou marca que tenha criado mais automóveis com o motor na posição central do que o incomparável Giorgetto Giugiaro e o seu filho da conhecida marca ItalDesign Giugiaro.

Algumas histórias de sucesso desta marca foram a criação do De Tomaso Mangusta, um automóvel que laca quanto à engenharia da carroçaria mas continua a deter uma beleza inigualável quanto às suas proporções, design e detalhes. Também foi responsável pelo desenho do Maserati Bora e Merak, do American Motors AMX/3, do Lotus Esprit, do DeLorean, do Gallardo, e do fabuloso Maserati Boomerang.

Antigamente, um estudo de design ou um conceito para um novo veículo tinha a duração de um ano, no que se pode chamar de uma plataforma giratória, a percorrer os mais diversos salões internacionais de automóveis. Depois, muito frequentemente, era vendido para proprietários privados para ajudar a pagar o conceito do próximo ano. Isto acontecia, principalmente, em pequenas empresas independentes de design.

Um dos projectos mais conhecidos de Giugiaro, da década de 70, exibido em cerca de 75 salões de automóveis, foi o Porsche Tapiro equipado com um motor central e tinhas as míticas asas em forma de gaivota, baseado num Volkswagen Porsche 914/6.

Apesar de ser um automóvel único e maioritariamente “fresco” conseguimos ver a influência de Giugiaro com semelhanças em algumas das suas formas, proporções e detalhes à superfície e podemos comparar estas características com o modelo Mangusta, e no que iria aparecer mais tarde como o Esprit, o DeLorean e o Bora.

Foi pintado para se assemelhar a prata metálica com uma cabine forrada na cor de caramelo quente. Vinha equipado com um motor de seis cilindros boxer com 2.4 litros de cilindrada e que desenvolvia 220cv de potência. As suas dramáticas linhas angulosas são o apuramento das experiências que o jovem Giorgietto já tinha ensaiado com o De Tomaso Mangusta quando estava ainda na Ghia.

Este protótipo foi apresentado, pela primeira vez, no Salão de Turim em 1970. No entanto foi evidente, desde o início, que a Porsche nunca teve intenções de licenciar ou produzir este automóvel. Em 1972 o único Tapiro produzido foi vendido a um conhecido empresário espanhol.

Infelizmente este protótipo não teve uma vida muito longa na estrada. Pouco depois da sua compra um grupo de activistas sociais, que se opunha as negócios de comércio e relações de trabalho do então proprietário, colocou uma bomba na parte de baixo do automóvel. Isto causou uma explosão e danos de incêndio ao veículo, essencialmente irreparáveis.

Alguns anos mais tarde os Giugiaros adquiriam o que restava da carroçaria queimada e colocaram o que restava do Tapiro numa estrutura de metal na seda da ItalDesign em Torino, Itália.

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