O’Black Betty de 1967, um clássico de Drag Racing

Arquivos 07 Jun 2024

O’Black Betty de 1967, um clássico de Drag Racing

Por Tiago Nova

O Drag Racing, ou Provas de Arranque como são conhecidas por cá, é um tipo de desporto motorizado que consiste em chegar à linha da meta no menor tempo possível, numa recta de 400 metros. Este tipo de competição existe quase desde a criação dos primeiros automóveis, no entanto, só foi legalizada em 1951, com a criação da National Hot Rod Organization, ou NHRA, nos E.U.A, para retirar as provas ilegais das estradas, com a criação de recintos próprios e com várias categorias.

Muitas destas pistas foram criadas a partir de antigas bases militares, desactivadas após o término da Segunda Guerra Mundial. Uma das primeiras pistas criadas para o efeito foi a Famoso Raceway, na Califórnia, e que desde 1959 organiza, anualmente, o March Meet, que ainda se realiza nos dias de hoje, mas somente com automóveis de Drag clássicos.

Um dos participantes assíduos do encontro, é o O’Black Betty, um automóvel clássico de Drag Racing, construído em 1967 e ainda com o motor colocado na frente do piloto, algo que hoje não acontece, com a colocação do motor na traseira do automóvel, para maior segurança do condutor.

O O’Black Betty foi todo reconstruído na Famoso Speed Shop de Randy Winkle, com um detalhe extremo, possivelmente melhor do que quando foi construído em 1967. Alguns pormenores foram melhorados, como a rollcage, a roda de apoio traseira e o para-quedas.

Este Dragster clássico percorre os 400 metros em 7,4 segundos. Esse tempo é conseguido, pois o O’Black Betty está equipado com um motor V8 Small-Block 383, de 1971, com 6,3 litros de cilindrada, uma taxa de compressão de 8:1 e um compressor volumétrico, para debitar 800cv e 1016Nm de binário, para um peso de cerca de 590 kg. Essa potência é conseguida graças a algumas alterações no motor, como árvores de cames Scat, válvulas, molas, hastes e martelos da Manley, parafusos do motor ARP, bielas da Crower, cambota da Scat, sistema de combustível da Enderle, colectores de escape Lemons, velas NGK e bateria Excel. Apesar de ser tudo o mais correcto com a época, o motor também recebeu alguns melhoramentos, como a adição de um distribuidor e cabos de velas modernos da MSD, que assim possibilita o uso de launch control.

O motor está acoplado a uma caixa Powerglide, que envia a potência para as rodas traseiras através de um diferencial Ford de 9”. Originalmente, o O’Black Betty já utilizava travões de disco, mas agora está equipado com uns melhorados da Wilwood, somente na traseira, já que na frente, com as pequenas rodas, não fazia sentido ter travões.

No interior é possível ver ainda mais cromado, com o volante e as duas alavancas, a da esquerda é o travão de mão e a da direita é o selector das mudanças. O volante tem um botão verde, que activa a função transbrake e o launch control. O exterior foi colmatado com decalques de design da época e os dourados são mesmo produzidos em folha de ouro.

Para levar o O’Black Betty para a pista, Randy Winkle construiu um Chevrolet de 1957 para o efeito, com decoração a rigor e toda a transformação necessário para atacar as pistas de Drag também, tudo para tornar o ambiente o mais correcto com a época.

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Fotografias: Sean Klingelhoefer

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