Citroën CX 25 GTI Turbo e Turbo 2: O concorde das estradas

Um comportamento majestoso mas sem a nobreza de um grande motor. Este foi sempre o principal defeito apontado ao Citroën Traction Avant e ao DS. Infelizmente, com o CX não foi diferente, e apesar das suas linhas algo futuristas, os motores eram os já conhecidos quatro cilindros concebidos nas décadas anteriores.

Mas mesmo assim, o CX não se resignou e começou a elevar o tom em 1977 com o 2400 GTi de 128 cv. É verdade que não fazia melhor que o DS 23 i.e. (de 130 cv), mas isto era só o início, porque a progressão não ficou por aqui.

Depois de um aumento de cilindrada e de potência, para 2,5 litros e 138cv em 1983, o GTi passou a adotar o turbo no ano seguinte. O Citroën CX 25 GTi Turbo alcançava agora uma potência de 168cv e uma velocidade máxima de 220 km/h. Se hoje em dia, estes números até podem fazer sorrir, nos anos 80 eram performances bastante elevadas, ao nível de um BMW 528i E28.

Em 1986, o agora CX 25 GTi Turbo 2 (com as actualizações estéticas do ano anterior), ganhou um novo intercooler que, embora não fizesse evoluir a potência, permitia reduzir os consumos. 

Se o DS parecia uma nave espacial aquando da sua apresentação no Salão de Paris de 1955, sobretudo quando comparado com a concorrência da altura (Peugeot 403, Renault Frégate…), o CX, com o seu perfil aerodinâmico (que inspirou o nome) e o seu conforto a bordo, já lembrava mais um avião. Avião supersónico na versão GTi Turbo / Turbo 2! E em classe executiva na versão Prestige.

O CX 25 GTi Turbo/Turbo 2 nunca foi um desportivo capaz de bater recordes na pista, nem era esse o objectivo. A sua missão era mais encurtar as distâncias, tornando as viagens tão rápidas quanto confortáveis. E passados estes anos todos desde o fim da sua comercialização, em 1989, continua pronto para levantar voo, arrancar e proporcionar uma agradável viagem aos seus tripulantes…