Arquivos • 16 Nov 2023
Bugatti EB110 GT: A máquina infernal que mudou as regras do jogo
Não existe uma escassez de pessoas dispostas a apostar muito dinheiro para conseguir encontrar ou construir o supercarro ideal. Na década de 70 o termo supercarro ainda era novidade e algumas ofertas eram, a nível criativo, um triunfo mas, a nível comercial, uma catástrofe.
Se existe um elo comum entre todos estes automóveis é o facto de que todos eles nos lembram uma época de reivindicações de velocidades máximas intergalácticas e, talvez, um pouco desonestas.
Se nada mais estes veículos serviam o propósito de animar uma altura em que o design automóvel, de um modo geral, não era muito apelativo.
Concebido por Neville Tricket, o Siva S530, foi patrocinado pelo The Daily Telegraph e apresentado, em 1971, no Salão Internacional Britânico. Este protótipo, em forma de V, estava equipado com um motor V8 de 5340cc de um Aston Martin, localizado a meio do automóvel e com um chassis desenhado por Andrew Duncan.
A Aston Martin rapidamente mostrou interesse em adquirir o desenho do veículo mas, devido a uma situação financeira da empresa, o negócio nunca seguiu para a frente.
O empresário, Robert Paterson tentou salvar este veículo ao financiar o desenvolvimento do Siva. No entanto, as tentativas de alterar o desenho com um nariz mais pequeno e um motor V8 Chevrolet nunca conseguiu ser realizado.
Com o incentivo de uma resposta positiva ao conceito do AMX II, apresentado, em 1969, no Salão Automóvel em Chicago, a AMC tentou lutar e afastar o seu rival directo, o De Tomaso Pantera que era patrocinado pela Ford com um protótipo interno, o AMX III.
Estava determinado que Giotto Bizzarrini iria ficar responsável pelo design deste veículo. O automóvel iria ter um chassis e suspensão em semi-monocoque com o habitual motor V8 da AMC. O protótipo que apareceu, em 1970, embora fosse muito apelativo visualmente nunca teve hipótese de ir para a frente devido ao elevado custo de produção.
O Monteverdi Hai 450SS roubou o protagonismo quando foi apresentado no Salão Automóvel de Genebra, em 1970. Este veículo era animado com um motor V8 de 6974cc da Chrysler e era publicitado que conseguia fazer 0 ao 100km/h em apenas cinco segundos.
O famosos escritor britânico, Cyril Posthumus, fez eco dos sentimentos do mundo automóvel sobre este veículo, quando escreveu na Road & Track. Este reforçou que a concepção do protótipo não correspondia à publicidade realizada “A reivindicarem 300km/h… odiava ter que provar numa estrada Suíça molhada”.
A marca Dome conseguiu conquistar muitos triunfos no desporto motorizado, mas a primeira tentativa de criar um supercarro pela empresa japonesa não correu da melhor forma.
Este modelo foi pensado por Minoru Hayashi que se baseou no Lancia Stratos e na Lamborghini para desenhar este protótipo. Com um motor Nissan V6 de 2,8 litros, atrás dos banco, era menos poderoso do que um italiano, no entanto, pesava apenas 980 quilos.
Apresentado, em 1978, no Salão Automóvel de Genebra o Dome ganhou elogios em todos os quadrantes mas não conseguiu ser aprovado para uso em estrada na sua terra natal, o que diminuiu as vendas do automóvel.
Todos aqueles que viam este automóvel ficavam fascinados pelo seu design e originalidade. Aqueles que compareceram no Salão Automóvel de Londres foram gracejados por uma nova geração de supercarros. Alimentado com um motor V8, era um veículos que não podia ser comparado com mais nenhum. Mas será que o mundo estava preparado para um descapotável de seis rodas que conseguia atingir 408 km/h?
A Iso tentou entrar no mercado dos supercarros através do Varedo. Foi apresentado no Salão Automóvel de Turim, em 1972, e estava equipado com um motor Ford “Clevand” de 5,7 litros. O trabalho de Ercole Spada dicidiu as críticas mas como Spada costuma declarar, a maioria dos seus projectos só são apreciados em retrospectiva.
Em 1973, a Iso mudou de direção e o projecto foi anulado, tendo sido produzido apenas um protótipo totalmente funcional. No início dos anos 90 o Varedo sofreu um restaurado por Piero Rivolta, na altura, CEO da marca.
O projecto deste automóvel esteve ao encardo de Luigi Colani, o famoso designer automóvel alemão, e o seu carisma e estilo fica muito claro neste automóvel. Sendo este um projeto de Colani, é muito difícil diferenciar entre o realidade e o imaginário.
O design evoluiu de apenas um projecto para um automóvel de 1973 a 1980, com um motor Cosworth GAA V6 de 3,4 litros. A fotografia mostra o GT80, na sua forma definitiva, com o seu corpo de alumínio nu e sem a pintura feito pela Marsh Developments, no Reino Unido.
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