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A realidade dos dias transporta-nos permanentemente para situações em que a pergunta “e se?…” assoma diante de nós com a perspectiva de outras mesmas realidades, como se uma simples decisão diferente desembocasse num destino amplamente distante do determinado propósito inicial.
Todos nós adoramos o Aston Martin DB5, um dos poucos automóveis no mundo a merecer efectivamente o epíteto de “icónico” (porventura, demasiado gasto na actualidade). Sabemos os seus dados, os factos e os feitos a ele associados. Ao volante, é quase certo que imaginamos um ilustre agente secreto ao serviço de Sua Majestade.
Porém, e se às suas mãos estivesse disponível um exemplar ainda mais especial? Em 2021, o DB5 recebeu uma profunda actualização para o filme No time to Die, com uma reimaginação criativa da divisão Q, que lhe deu mais potência e reduziu o seu peso. O resultado foi notável – uma máquina ágil que podia dançar com apenas um toque no acelerador.
Acontece que, em 1964, alguém muito inteligente da Aston Martin teve a mesma ideia: Tadek Marek. Este era como James Bond e Q num só homem, um engenheiro talentoso que escapou às garras dos nazis durante a Segunda Guerra Mundial e conseguiu chegar a Inglaterra, onde reaproveitaria motores Merlin de caças Spitfire acidentados para fazer tanques Cromwell (podemos em segurança apostar que eram tanques bastante mais rápidos que os originais).
Tadek melhoraria ainda o motor de 6 cilindros de W.O. Bentley para o DB5, mas também estava a trabalhar num especial motor V8. Foi desta forma que reconfigurou um DB5, e apenas um, para acomodar esse mesmo motor. Depois de ter saído da Aston Martin, esse carro ter-se-á perdido, até agora: há alguns anos, enquanto escrevia o seu livro sobre a Aston Martin, Ben Collins escutou um rumor que acabou por se tornar factual. Depois de algumas chamadas telefónicas com as pessoas certas, Collins (também conhecido como o homem no fato branco, The Stig) conseguiria conduzi-lo.
Quando julgávamos não ser possível encontrar um DB5 ainda mais especial, ei-lo: descubra-o connosco, nesta arrepiante viagem.
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