A invenção do gasogénio

Arquivos 17 Nov 2023

A invenção do gasogénio

Por José Miguel Mira

O norte-americano Thaddeus Lowe foi um cientista e inventor autodidacta na área da química, meteorologia e aeronáutica. No final da década de 1850 tornou-se famoso por suas teorias avançadas em ciências meteorológicas e também pela construção de balões. Entre suas aspirações estavam planos de um voo transatlântico.

Em 1873 desenvolveu e patenteou o processo de produção de gás de água através da reacção de mudança do vapor de água (reacção química na qual o monóxido de carbono reage com a água para formar dióxido de carbono e hidrogénio). As grandes quantidades de produção de hidrogénio poderiam ser gerados para uso residencial e comercial em sistemas de aquecimento e de iluminação.


Durante o final do século XIX motores de combustão interna foram, por vezes alimentados por gás de carvão, e durante o início do século XX muitos motores estacionários passaram a usar gás produzido criado a partir de coque (tipo de combustível derivado da hulha).

A primeira vez que uma máquina foi criada para a produção específica desse gás foi em 1920, criada pelo francês Georges Imbert. A produção de gasogénio apresentou sempre uma forte importância histórica, principalmente em períodos de escassez energética, como nas grandes crises económicas causadas pelo mercado ou por conflitos e guerras, neste caso a Primeira Guerra Mundial.

Em 1936, o francês, Louis Libault patenteou o gasogénio para carvão vegetal – o Gazauto.


Durante a Segunda Guerra Mundial com a escassez e racionamento de combustível surgiram muitas viaturas com estes aparelhos montados nas suas traseiras, muitos deles de fabrico caseiro mas com o mesmo processo, que emanavam madeira e carvão para a produção de combustível para as viaturas.

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