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O Diablo 6.0 VT, primeiro Lamborghini da era Audi, mereceu os aplausos de toda a imprensa, não apenas pela sua maior civilidade, mas também pela qualidade e fiabilidade que era exigível a um automóvel do século XXI. Apenas um prenúncio do que viria a ser o Murciélago, o primeiro modelo novo da Lamborghini em 11 anos e o primeiro concebido de raiz sob gestão alemã. No entanto, não houve propriamente um corte com o passado. Os fãs do Countach e Diablo encontravam a mesma receita: V12 atmosférico longitudinal, portas em tesoura e o essencial da silhueta do Countach, embora o autor do desenho fosse o belga Luc Donckerwolke.
O primeiro Murciélago (a que corresponde o modelo exposto) recebia uma versão actualizada do já conhecido V12 Lamborghini, agora com 6.2 litros, com uma potência de 580cv transmitida ao solo por transmissão integral (pelo que alguma vezes é referido como LP 580-4, embora essa nunca tenha sido uma designação oficial). A distribuição era às rodas traseiras, transmitindo até 30% às rodas dianteiras consoante as perdas de tracção, através de um acoplamento viscoso. Uma solução que permite manter o essencial do equilíbrio dinâmico dos modelos propulsão, com um aumento de segurança e estabilidade.
Inicialmente o Murciélago estava disponível apenas com caixa manual, o que torna essas unidades especialmente desejáveis para coleccionadores, já que a partir de 2005 se generalizou a opção pela caixa robotizada com comandos no volante.
Este automóvel pode ser visto na exposição “Lamborghini: 60 anos a cortar o vento“, patente no Museu do Caramulo, podendo ser visitada até ao dia 17 de Setembro, todos os dias, entre as 10:00 e 18:00.
Fotografias: Joel Araújo
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