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Minardi M190, o Fórmula 1 que não conseguiu conquistar qualquer ponto
Por Tiago Nova
O Minardi M190 é um automóvel de Fórmula 1, desenvolvido e construído pela Minardi para a temporada de 1990, desenhado por Aldo Costa e Tomasso Carletti. No entanto, ficou marcado por não ter conseguido qualquer ponto para a equipa italiana.
A Minardi foi fundada em 1979, por Giancarlo Minardi e competiu na Fórmula 1 de 1985 a 2005 onde, apesar de não ter grandes resultados, conseguiu criar uma legião de fãs. Em 2001, a equipa foi vendida ao australiano Paul Stoddart, que continuou com o nome Minardi até 2005, altura em que vendeu a equipa à Red Bull, tendo esta transformado na Scuderia Toro Rosso.
A SCM Minardi F1 Team iniciou a temporada de 1990 ainda com o automóvel de época anterior, o M189, enquanto o novo M190 não estava pronto. O M190 começou a competir a partir da terceira prova, a da “casa”, o Grande Prémio de San Marino, entregue aos dois pilotos da equipa, Pierluigi Martini e Paolo Barilla. Logo nessa primeira prova, Martini não se qualificou, devido a um acidente, e Barilla iria terminar em 11º lugar, o melhor resultado do piloto em 1990. Após uma série de provas em que Barilla não se conseguiu qualificar, este foi substituído, nos dois últimos Grande Prémios, do Japão e da Austrália, por Gianni Morbidelli, que ainda assim, desistiu nos dois. O melhor resultado do M190, foi um oitavo lugar no Japão, conseguido por Martini. Foi na temporada de 1990 que a Minardi conseguiu a sua melhor qualificação, com um segundo lugar no Grande Prémio dos EUA, com Martini, ainda com o chassis M189.
O Minardi M190 tem um chassis monocoque, construído em fibra de carbono e Kevlar. O motor que equipa o M190 é o V8 de 3,5 litros Cosworth DFR. Acoplado ao motor, está uma caixa de velocidades desenvolvida pela Minardi. Durante as provas de 1990 utilizou pneus Pirelli e combustíveis Agip.
Ao todo deverão ter sido construídos cinco chassis, sendo que alguns ainda existem hoje e competem em provas de Fórmula 1 históricos. O último chassis, o M190-005, foi transformado para competir no campeonato Interserie, no Autodromo de Most, na República Checa, onde competiu de 1994 a 2001, com uma aerodinâmica diferente e com as rodas cobertas. De 1994 a 1998 foi conduzido pelo alemão Karl-Heinz Becker, pela sua equipa Becker Motor Racing. Em 2000 e 2001, passou para a equipa Achleitner Motorsport, conduzido por Josef Neuhauser. Os resultados foram muito bons, em 1995 e 1998 ficou em segundo e em 1997 em terceiro. Em 2000 e 2001 foi o vencedor das duas provas. Em 1995 também foi ao Interserie do Circuito de Jarama, onde terminou em segundo lugar.