20 automóveis que não pode perder na Rampa Histórica Michelin

Competição 24 Ago 2023

20 automóveis que não pode perder na Rampa Histórica Michelin

A 18º edição do Caramulo Motorfestival, que decorre já nos dias 8, 9 e 10 de Setembro, vai contar com mais de 1000 automóveis em todo o evento, e a Rampa Histórica Michelin com mais de 140.

Será um alinhamento sem precedentes, composto por estrelas de todas as marcas e épocas, que prometem atrair milhares de petrolheads à serra do Caramulo.

Seleccionámos 20 automóveis absolutamente extraordinários, que partilhamos abaixo, e que não vai querer mesmo perder, neste Caramulo Motorfestival.




Maserati MC20 (2023)

O superdesportivo, que utiliza as tecnologias mais avançadas e conta com um chassis Dallara, inaugura uma nova era na marca italiana. É alimentado pelo novo motor Nettuno, desenvolvido pela Maserati como um dos propulsores mais sofisticados do mundo, ao incorporar diversas tecnologias da competição, onde se destaca o recurso à injecção direta e indireta (para maximizar a eficácia nos altos e nos baixos regimes e controlar as emissões) e, principalmente, a utilização de duas câmaras de combustão. O resultado é um V6 de 3 litros que alcança os 325 km/h e acelera dos 0 aos 100 km/h em 2,9 segundos.




Ferrari 308 GTB Michelotto (1981)

Entre 1978 e 1985, Michelotto construiu apenas 15 carros de rali Ferrari 308 GTB, tanto do Grupo IV como do Grupo B, simbolizando o início da aliança duradoura da empresa sediada em Pádua com a marca de Maranello. Meticulosamente desenvolvido a partir do seu chassis, o 308 GTB, drasticamente redesenhado, era um puro-sangue sem compromissos, com características únicas como a caixa de velocidades “dog-leg”, sistemas de travagem e suspensão personalizados e um motor afinado com uma taxa de compressão muito mais elevada do que a versão de produção e alimentado por um inovador sistema de injeção de combustível Bosch Kugelfischer.




Aston Martin DB5 (1963)

O gran turismo (GT) britânico de luxo por excelência, fabricado pela Aston Martin e projetado pelo construtor de carroçarias italiano Carrozeria Touring Superleggera. Foi lançado em 1963 como uma evolução da série final do DB4 e tornou-se famosíssimo nas mãos de James Bond, surgindo pela primeira vez no filme Goldfinger em 1964.




Porsche 918 Spyder (2015)

Entrou para a história como o primeiro supercarro híbrido do construtor e possui uma motorização composta por um motor naturalmente aspirado (um V8 de 4,6 litros, colocado em posição central traseira), que se combina com dois motores eléctricos, um em cada eixo, e juntos garantem mais 283cv, o que faz com que este Porsche tenha potência e binário mais do que suficientes para o levar em 2,5 segundos aos 100 km/h.




Ford GT40 (1965)


É o automóvel criado pela empresa norte-americana sob as ordens de Henry Ford II para correr nas 24 Horas de Le Mans e tentar terminar com o reinado da Ferrari na prova. Não só conseguiu, como venceu consecutivamente a mítica corrida de resistência entre 1966 e 1969.




Peugeot 306 Maxi (1997)

Baseado no Peugeot 306 S16, o 306 Maxi tornou-se num caso sério de sucesso, em especial nas provas com estradas em asfalto, para as quais foi desenvolvido. Tinha inicialmente um motor com 255 cv às 8.200 rpm, valores que subiriam aos 300 cv às 11.000 rpm no final do seu desenvolvimento. O bloco era o mesmo do 306 S16, sem alterações na sua base, como no diâmetro e no curso, que se mantiveram inalterados (86×86 mm), contando apenas com a substituição da injeção Bosch por um sistema Magnetti Marelli, mais evoluído. Estruturalmente, a maior alteração foi na largura, que aumentou de 1.692 mm para 1.835 mm, e que lhe conferia o aspecto com a presença tão marcante com que ficou para a história.




Mercedes-Benz 300 SL Roadster (1956)

No final dos anos 50, os veículos descapotáveis de dois lugares eram tão populares que a Mercedes-Benz decidiu converter o seu icónico 300 SL. Na primavera de 1957, o lendário “Gullwing” (asas de gaivota) foi sucedido pelo 300 SL Roadster, trazendo assim a emoção da condução com capota aberta para a gama de automóveis desportivos de alto desempenho. Equipado com um novo desenho do eixo traseiro, este modelo ostentava características de manobrabilidade de última geração e, em 1961, tornou-se o primeiro automóvel de produção da Mercedes-Benz a dispor de travões de disco nas quatro rodas.




UMM Alter II ‘Paris-Dakar’ (1986)

O modelo com a matrícula CQ-69-90 participou há 37 anos na 9ª edição do Rallye Paris-Alger-Dakar (1986-87), numa colaboração entre o Clube Aventura e a União Metalo-Mecânica (UMM). Equipado com um motor Indenor de 2.500cc turbo a gasóleo, com cerca de 110cv, direcção assistida, travões de disco nas rodas da frente e dois amortecedores por roda, foi preparado nas Oficinas da UMM em Queluz, lideradas por Pedro Cortês, tendo sido entregue a Pedro Villas-Boas por Manuel Batista a Silva em finais de 1986. Foi o primeiro Alter Turbo com Intercooler a ser fabricado pela UMM em Portugal, tendo servido de base para os futuros UMM Alter II e o UMM Troféu. Além de ter participado no Dakar 1987 teve depois uma longa vida ligada à competição em todo-o-terreno, participando agora na Rampa Histórica Michelin, pelas mãos de Pedro Villas-Boas e Carlos Seruya, numa recordação bem presente do contributo da UMM para o todo-o-terreno em Portugal, nas suas múltiplas vertentes.




Bugatti Type 57C Atalante (1938)

Apresentado em 1934, no Salão de Paris, era um modelo completamente novo, com forte influência de Jean Bugatti, filho do fundador Ettore. O motor de oito cilindros em linha derivava do Type 59 de competição e a suspensão dianteira e traseira continuava a ser por eixo rígido. O motor era suave e o comportamento adequado para as performances, bastante elevadas para a época. A vocação deste modelo era precisamente o longo curso, as viagens sazonais que as famílias abastadas realizavam através da Europa, um hábito que teve o seu auge precisamente no período entre as duas guerras mundiais.




Lamborghini Huracán STO (2021)

O automóvel superdesportivo criado com o objetivo único de oferecer todas as sensações e tecnologia de um genuíno carro de corrida num modelo de estrada. A sua aerodinâmica extrema, a dinâmica de condução em pista, a leveza do seu conteúdo e o motor V10 estão reunidos nesta versão, prontos para desencadear todas as emoções da pista no dia-a-dia.




Ford Escort RS Cosworth (1992)

É a versão especial de homologação de rally da quinta geração do Ford Escort, que competiu em Grupo A no Campeonato do Mundo de Ralis entre 1993 e 1998. Esteve disponível como carro de estrada de 1992 a 1996, tendo sido desenvolvido em torno do chassis e da mecânica do Sierra Cosworth. A particularidade da versão Cosworth faz com que entre esta e os exemplares normais do Escort apenas as portas dianteiras e o tejadilho sejam os únicos elementos da carroçaria que são efetivamente permutáveis.




Jaguar E-Type OTS (1961)

O E-Type foi apresentado como um GT de tracção traseira em forma de coupé de dois lugares (FHC ou “Fixed Head Coupé”) e como um “roadster” descapotável de dois lugares (OTS ou “Open Two Seater”). Aqui presente encontra-se o automóvel adquirido por Manuel Nogueira Pinto ao agente da Jaguar no Porto, João Gaspar no dia 1 de Novembro de 1961 e foi utilizado com bastante sucesso em competição, a partir do ano seguinte, com vitórias no Circuito de Montes Claros em 1962 e 1963 e também em Angola, na prova de Grande Turismo, disputada em 1963, no circuito urbano de Luanda.




Porsche Carrera GT (2004)

Considerado por muitos como o último Porsche analógico, conta com um motor V10 que é um descendente direto do motor de competição de 10 cilindros desenvolvido pela marca para as 24 horas de Le Mans de 2000, num projecto que não chegou a competir. A tecnologia notável empregue no modelo inclui um monocoque e uma subestrutura em fibra de carbono, tendo ainda um radiador cerca de cinco vezes maior ao de um 911 Turbo da sua época.  O Carrera GT é alimentado por um motor V10 de 5.733cc com 603cv, acelerando dos 0 aos 100 km/h em cerca de 3,5 segundos, e atingindo uma velocidade máxima oficial de 330 km/h.




Mercedes-Benz 190 SL W 121 ‘Macau’ (1954)

Apesar do 190 SL não ser baseado na competição como o seu irmão mais velho, o 300 SL, não deixa de ter um carácter desportivo. Isto aplica-se precisamente à versão de competição, disponível por pouco tempo, que tinha elementos diferenciados como as portas de alumínio sem janelas, um pára-brisas mais pequeno e outras modificações. Nesta versão, os pára-choques e a capota podiam ser retirados para as provas. Entre os sucessos notáveis do automóvel conta-se a vitória na classe de Douglas Steane no Grande Prémio de Macau de 1956, a uma média de 90 km/h.




Ford Escort TC (1969)

O Ford Escort Twin Cam com o qual o piloto português Ernesto “Nené” Neves venceu em 1970, o Campeonato de Turismo Especial, pelo Team Palma. O mítico automóvel, que conserva a sua decoração de época, foi pilotado por “Nené” Neves, que mais provas e campeonatos de automóveis ganhou em menos tempo (1966-1973), tendo sido Campeão Nacional por nove vezes, em diversas categorias.



Ford Sierra RS Cosworth (1989)

Após a abolição do Grupo B pela FIA no final de 1986, a Ford viu-se sem um carro de rali do Grupo A adequado, tal como a maioria dos outros fabricantes. Para o Campeonato Mundial de Ralis de 1987, a Ford Motorsport utilizou o Sierra nas suas versões XR4x4 e Cosworth em superfícies de gravilha e asfalto, respetivamente, mas a desvantagem de potência do XR4x4 era muito grande. No entanto, graças ao forte apoio da Ford Motorsport, o Cosworth tornou-se popular entre as equipas privadas nos campeonatos nacionais. O pai de Colin McRae (Jimmy McRae), Didier Auriol e Carlos Sainz venceram o Campeonato Britânico de Ralis, o Campeonato Francês de Ralis e o Campeonato Espanhol de Ralis, respetivamente, todos com um Sierra em 1987 e 1988. O próprio Colin também conduziu um Sierra RS Cosworth no WRC de 1989, sendo esta precisamente a versão aqui presente.




Jaguar XJ220 (1991)

Um dos Supercarros mais icónicos do início da década de 90, desenhado por Keith Helfet, com a premissa de quebrar a barreira das 220 milhas por hora (352 km/h) de velocidade máxima. O concept-car inicial foi apresentado em 1988, no Salão de Birmingham, onde obteve uma reacção melhor do que a esperada. A marca recebeu 1500 depósitos de clientes interessados no futuro modelo, com as primeiras entregas agendadas para 1992. No entanto, a versão final seria um pouco diferente. Por motivos de requisitos de engenharia e de uma nova legislação que limitava fortemente as emissões, o motor V12 foi substituído por um V6 biturbo e a transmissão integral foi simplesmente cancelada. O último XJ220 saiu da linha de produção em Abril de 1994, tendo sido fabricados somente 275 exemplares, transformando este modelo da marca de Coventry num autêntico objecto de culto entre os amantes e apreciadores de automóveis.




Alfa Romeo GTAm (1971)

Para 1970, a Alfa Romeo e a Autodelta homologaram um novo modelo para os novos regulamentos dos carros de turismo do Grupo 2. Enquanto os regulamentos anteriores exigiam que pelo menos 500 carros fossem construídos de acordo com a especificação do carro de corrida, os novos regulamentos permitiam que as peças homologadas fossem instaladas em qualquer modelo do qual pelo menos 1.000 carros tivessem sido produzidos. A Autodelta optou por basear o novo GTAm no 1750 GT Veloce do mercado americano, uma vez que o carro era fornecido com injeção de combustível Spica e a capacidade do motor podia ser aumentada para 2 litros. Os regulamentos mais liberais do Grupo 2 permitiram que os carros tivessem com rodas muito mais largas e carroçaria alargada para as envolver, o que confere o aspecto particular, musculado e belo ao modelo.


O Caramulo Motorfestival é organizado pelo Museu do Caramulo, em parceria com o Automóvel Club de Portugal, e conta com o apoio da Michelin, Castrol, Fidelidade, KIA, bp Ultimate, Centro Porsche Porto, Alfa Romeo, Aston Martin, Strong Charon, Águas do Caramulo, Antena 1, RTP, Jornal dos Clássicos, Câmara Municipal de Tondela, Turismo do Centro e Banco BPI | Fundação la Caixa.

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