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O De Tomaso Pantera foi o modelo mais importante, e o que durante mais tempo foi produzido pela marca italiana, fundada em 1959 por Alejandro de Tomaso. O Pantera foi lançado em 1971, com o desenho a cargo de Tom Tjaarda nos estúdios da Ghia. Após mais de 7200 exemplares produzidos, a produção cessou, já no corrido ano de 1992.
Em 1990, a De Tomaso decidiu redesenhar o automóvel, que já carregava consigo o peso de quase 20 anos no mercado. Uma das maiores alterações foi a substituição do motor V8 Cleveland 351 pelo motor Ford 302 de 5,0L de cilindrada, equipado com injecção electrónica, cabeças do motor alteradas, assim como os pistões, árvores de cames e colector de admissão. O poder de travagem foi melhorado com discos de travões ventilados e ranhurados nas quatro rodas, e pinças Brembo partilhadas com o Ferrari F40.
Este “novo” Pantera, designado de Pantera 90 SI viu o seu desenho um pouco alterado por Marcello Gandini, com a particularidade de utilizar os farolins traseiros do Alfa Romeo 33. No entanto, apenas 41 exemplares deste modelo foram produzidos, antes de cessar a produção para dar lugar ao De Tomaso Guará.
Apesar de, em 1994, o Pantera já ter saído de produção, isso não impediu que a equipa britânica ADA Engineering desenvolvesse um automóvel para competir nas 24h de Le Mans desse ano. A ADA Engineering foi fundada em 1977 por Leon Smith, Gerard Sauer e Woody Harris e, ao longo da sua história, competiu em diversas provas de resistênciacom protótipos construídos pela própria equipa ou, nos últimos anos, com um Porsche 962 GTi.
Mas, sem dúvida que um dos modelos mais diferenciadores da equipa é o já referido De Tomaso Pantera, exemplar esse presente neste artigo, e o único Pantera SI produzido para competir. As 24h de Le Mans de 1994 não correram bem para o Pantera, não terminando classificado devido a problemas com a caixa de velocidades.
No ano seguinte, a história já seria diferente, com a ADA Engineering a vencer a categoria GT1 do British GT Championship com este mesmo automóvel, feito conseguido devido a 12 vitórias na temporada. Em 1996 participou em diversas provas do BPR com o piloto Andy Wallace. Nesse mesmo ano, seria vendido a outra equipa britânica, a Superpower, que tentou melhor sorte nas 24h de Le Mans, mas sem sucesso.
Foi vendido em 1998, aquando da falência da Superpower, sem motor nem caixa de velocidades. O seu proprietário seguinte manteve assim o automóvel até que em 2007 foi vendido a um entusiasta do modelo Pantera, que o submeteu a um profundo restauro. Equipou-o com um novo motor Ford V8 de 6,0L de cilindrada, que desenvolve 635cv de potência. O restauro terminou a meio do ano de 2021, com a decoração original com que alinhou nas 24h de Le Mans de 1994.
No próximo dia 30 de Junho irá a leilão, num evento organizado pela Artcurial aquando do Le Mans Classic. O seu valor estimado de venda situa-se entre os 350 e os 450 mil euros.
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