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Por Tiago Nova
A Alpina é conhecida por produzir automóveis de grandes prestações com base em modelos da BMW. Tem uma relação muito próxima com a marca, no entanto, não é uma preparadora, mas sim uma construtura com número de chassis próprio.
A Alpina foi fundada em 1965, por Burkard Bovensiepen, mas as suas raízes remontam a 1962, quando Burkard desenvolveu um sistema de dois carburadores Weber para o BMW 1500. Em 1964, a BMW certificou a qualidade desta alteração, mantendo a garantia de fábrica. As primeiras alterações elaboradas nos BMW eram os carburadores, assim como as cabeças do motor e cambotas, para extrair mais potência dos motores. De 1968 a 1977 os automóveis de competição da Alpina alcançaram bons resultados, um pouco por todo o mundo. Saiu da competição em 1988, para se dedicar aos automóveis de estrada.
Os B12 eram as versões de topo dos modelos Alpina, estando em produção de 1988 a 2001. Durante este tempo, utilizou o BMW Serie 7 E32 e E38, assim como o BMW Serie 8 E31, como base para as versões berlina e coupé, sempre com motores V12.
Em Junho de 1990 é então lançado o Alpina B21 Coupe 5.0 com base no BMW 850i e, posteriormente, no 850Ci, introduzido no mercado poucos meses após o lançamento do modelo Serie 8. Ao nível das alterações mecânica, o B12 5.0 conta com pistões Mahle de maior taxa de compressão, válvulas de admissão mais largas, cabeças do motor melhoradas, um novo sistema de escape e centralina do motor Bosch Motronic melhorada. Estas alterações fazem com que a potência aumente para os 350cv às 3500rpm e 470Nm de binário às 4000rpm. O redline do motor foi aumentado para as 6400rpm. Acoplado ao motor estava somente disponível uma caixa automática de quatro velocidades ZF 4HP24E, melhorada eletronicamente de modo a ter mudanças de relação mais rápidas. Além das alterações mecânicas, o B12 5.0 recebeu também novas molas e amortecedores Bilstein, para tornar o automóvel mais baixo e duro. A velocidade máxima é de 280km/h.
Exteriormente, estava equipado com as icónicas jantes Alpina de 17” com múltiplos raios, spoiler frontal e cores específicas, assim como a decoração tradicional da Alpina. O interior era elaborado consoante o pedido do cliente, totalmente feito à mão, com todos os exemplares a terem as soleiras das portas e o painel de instrumentos da Alpina, volante de três braços em pele e moca da alavanca da caixa em pele. Somente 97 exemplares foram produzidos do B12 E31 5.0 até Maio de 1994.
Em Novembro de 1992, a Alpina lança o B12 Coupe 5.7, agora com base no BMW 850CSi, utilizando o motor S70B56 desenvolvido pela BMW Motorsport com a cilindrada aumentada dos 5,6 para os 5,7 litros. Além disso, o motor também viu alterada a admissão, as árvores de cames, a cambota e um novo sistema de escape desenvolvido pela Alpina, todo em aço inoxidável e com catalisadores menos restritivos. O sistema de gestão electrónico do motor foi também afinado para, no conjunto, o motor passar a debitar 416cv e 570Nm de binário. A velocidade máxima é de 300km/h, sendo este um dos automóveis mais rápidos algumas vez produzidos pela Alpina.
O Alpina B12 5.7 recebeu uma caixa manual de seis velocidades da Getrag. Existia ainda a opção por um sistema de embraiagem electrónico, designado Shift-Tronic, desenvolvido em conjunto com a LUK GS e este foi o único modelo que recebeu este sistema, num total de 32 exemplares produzidos. Estes recebiam ainda um lettering Shift-Tronic na traseira.
Exteriormente, o B12 5.7 recebia um capô em fibra de carbono com aberturas para dissipar o calor do motor e as jantes de 18”. No interior, este podia ser alterado conforme o gosto do cliente, mas de série tinha os bancos em pele na cor antracite, com linhas em azul, painel de instrumentos específico, apontamentos em madeira e punho do comando da caixa em madeira. No total foram produzidas 57 unidades do Alpina B12 Coupe 5.7 até Novembro de 1996.
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