Clássicos • 19 Out 2022

Era uma manhã ensolarada de Junho quando acordei com o coração acelerado. Ainda sentia a emoção decorrente da chamada inesperada do director de corrida das 24 Horas de Le Mans. Eles precisavam de um piloto substituto de última hora, e eu, impulsionado pela minha paixão pelo automobilismo, aceitei o desafio sem pestanejar.
O tempo parecia passar em câmara lenta enquanto me preparava para a prova. Cheguei ao lendário circuito de Le Mans, cercado pelo zumbido dos motores e pela energia vibrante dos espectadores. O ar estava eletrificado, e a tensão era palpável. Estava pronto para enfrentar o desafio de uma vida.
Ao entrar no carro, a sensação do volante nas minhas mãos era como uma extensão do meu próprio corpo. Absorvi cada instrução da equipa, comprometido em honrar o legado das 24 Horas de Le Mans.
A luz verde brilhou e o ronco dos motores encheu o ar. Acelerei com toda a determinação, mergulhando nas curvas com uma precisão milimétrica. Cada ultrapassagem era uma pequena vitória, enquanto acelerava na lendária recta Mulsanne. O mundo lá fora desvanecia enquanto me entregava à intensidade da corrida.
As horas passaram “a voar” e a noite caiu sobre Le Mans. As luzes do circuito brilhavam intensamente, iluminando o meu caminho. Os momentos de cansaço começaram a tornar-se cada vez mais evidentes, mas a emoção de estar no meio da acção mantinha-me alerta.
Quando o sol nasceu novamente, sinalizando as últimas horas da corrida, a emoção tomou conta de mim. A equipa informou-me que estávamos na disputa por um lugar no pódio e que eu deveria focar-me em não cometer erros cruciais. Cada volta tornou-se uma dura batalha contra o cansaço e a exaustão, mas eu estava determinado a cruzar a linha da meta.
Enquanto pilotava nos últimos momentos da corrida, comecei a sentir um estranho despertar de consciência. A sensação de estar ao volante do carro começou a dissipar-se lentamente, e a pista de Le Mans a desaparecer diante dos meus olhos. Confuso, percebi que tudo não passava de um sonho incrivelmente real.
Embora desapontado por descobrir que não havia pilotado nas 24 Horas de Le Mans, o sonho serviu como uma lembrança do poder dos nossos sonhos e da importância de nutrir as nossas paixões.
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