Arrows A3, um dos primeiros automóveis de Fórmula 1 da equipa britânica

Competição 06 Mai 2023

Arrows A3, um dos primeiros automóveis de Fórmula 1 da equipa britânica

Por Tiago Nova

A Arrows Grand Prix International foi uma equipa britânica que participou na Fórmula 1 de 1978 a 2002, conhecida por Footwork de 1991 a 1996. Esta equipa foi fundada por Franco Ambrosio, Alan Rees, Jackie Oliver, Dave Wass e Tony Southgate, sendo alguns antigos membros da Shadow. O nome Arrows provém da primeira letra dos apelidos de cada um.

O Arrows A3 foi o automóvel desenvolvido pela equipa britânica para competir na temporada de 1980 da Fórmula 1 e seria, posteriormente, reutilizado para competir em 1981. Após o falhanço que foi o anterior modelo no campeonato de Fórmula 1 de 1979, a Arrows procurou desenvolver um automóvel sem grande evolução, sendo mais compacto e leve, tendo uma menor distância entre eixos e um desenho do nariz e da asa posterior mais convencional. No entanto, continuava a ser bastante subvirador. O desenho esteve a cargo de Tony Southgate, sendo melhorado em 1981 por Dave Wass. Este conseguiu transformar o Arrows A3 num automóvel mais competitivo, eliminado a situação de subviragem e instalando radiadores em alumínio e substituiu algumas peças pesadas por outras em carbono.

O chassis monocoque é construído em alumínio, com suspensão de triângulos sobrepostos nos dois eixos e carroçaria em fibra de vidro. O motor que equipa o Arrows A3 é o Cosworth DFV construído em alumínio, um V8 de 2993 cc de cilindrada que debita 485 cv às 10.750 rpm e 353 Nm de binário às 9.000 rpm, sendo este utilizado como ponto estrutural do chassis, utilizando injecção de combustível Lucas. Acoplado ao motor está uma caixa Hewland FGA 400, podendo ter cinco ou seis velocidades manuais. A caixa de velocidades foi incorporada na carroçaria, para assim melhorar a aerodinâmica, sendo essa, a única inovação deste automóvel. O peso do Arrows A3 é de 581 kg. O combustível utilizado era da Valvoline e os pneus Goodyear em 1980 e, após a saída desta da Fórmula 1, passou a utilizar pneus da Michelin e Pirelli em 1981, onde estes foram um dos factores que prejudicaram os resultados.

Em 1980 o Arrows A3 competiu pela equipa Warsteiner Arrows Racing Team, tendo como melhor resultado um segundo lugar para Riccardo Patrese no Grande Prémio dos Estados Unidos. Como colega de equipa de Patrese estava Jochen Mass, que conseguiu um quarto lugar no Grande Prémio do Mónaco e um segundo lugar na prova extra-campeonato, o Grande Prémio de Espanha. Na falta deste último, entrou o piloto Mike Thackwell para o Grande Prémio da Holanda e Manfred Winkelhock para o Grande Prémio de Itália, sendo que, ambos não se conseguiram qualificar. No final da temporada a equipa terminou em sétimo lugar, com 11 pontos, ficando à frente de grandes equipas como a McLaren, a Ferrari ou a Alfa Romeo.

Como a Arrows não tinha os recursos necessários para desenvolver um novo automóvel, o A3 foi novamente utilizado em 1981, agora com a equipa denominada simplesmente por Arrows Racing Team. Riccardo Patrese voltou a ser o piloto principal, conseguindo um segundo lugar no Grande Prémio de San Marino e um terceiro lugar no Grande Prémio do Brasil, no entanto, teve bastantes abandonos. Como colega de equipa estava Siegfried Stohr, com resultas fracos, também com vários abandonos, sendo o melhor resultado um sétimo lugar no Grande Prémio da Holanda. Nos dois últimos Grande Prémios, Stohr foi substituído por Jacques Villeneuve, não se conseguindo qualificar em ambos. No final, a equipa terminou em oitavo lugar com dez pontos.

Ao todo foram produzidos seis automóveis, existindo todos na actualidade, apesar de em estados diferentes. Quatro deles estão a andar, um está completo mas não anda e por fim um está desmantelado. Os primeiros dois chassis construídos foram o A3/1 e o A3/2, estando o primeiro na Arábia Saudita e o segundo no Reino Unido. Foram construídos dois novos chassis, o A3/3 e o A3/4 para o GP de África do Sul de 1980, estando o primeiro na Arábia Saudita e o segundo em Itália, na colecção de Marcello Medici. Para o GP do Mónaco foi estreado o chassis A3/5, o chassis com mais provas efectuadas, estando agora na Alemanha. Por fim, o último chassis, o A3/6, foi estreado no GP dos EUA e está agora no Reino Unido.

Como curiosidade, apesar de todos os seis chassis terem o seu número estampado na base da barra de protecção do piloto e de todos eles serem diferentes, existem dois automóveis com placas repetidas, por exemplo, A3/5 tem a placa do A3/3 e o A3/4 tem a placa do A3/2. Não se sabendo dos motivos para tal, tendo em conta que os números de chassis estampados na base da barra de protecção estão correctos, mas estes poderão ter sido utilizados para reparar chassis de outros aquando sujeitos a acidentes.

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