Clássicos • 11 Mar 2019
O Škoda 110 R é em tudo semelhante a um Porsche, daí ser considerado o “Porsche checo”, pois tem o motor colocado na traseira a locomover as rodas traseiras, carroçaria de duas portas e 2+2 lugares. Foi apresentado ao público no Salão de Brno de 1970 e produzido até 1980, na AZNP, que pertencia à Škoda e, durante esses dez anos, foram construídos 56.902 exemplares.
O desenvolvimento do 110 R, conhecido na República Checa como Erko, iniciou-se em 1966 e, em Março de 1968, foi terminado o primeiro protótipo, com a designação interna de S 718 K. Em Março de 1969, e após vários testes com o anterior, um segundo protótipo é construído, agora com dois carburadores e um alternador, ao invés de um dínamo. Devido a problemas políticos, no final de 1970, somente 121 unidades foram produzidas.
Com base nas berlinas Škoda 100 e 110, o 110 R tem um design muito semelhante, mas como dito acima, tem somente duas portas e uma traseira fastback. Inicialmente com apenas dois faróis na frente, foi alterado, em Janeiro de 1973, para quatro faróis, que lhe dá um look mais agressivo, semelhante aos automóveis de rali. Na mesma altura, as jantes passaram de 14″ para 13”. Ao nível das dimensões, tem uma distância entre eixos de 2400 mm, 4155 mm de comprimento, 1620 mm de largura e uma altura de 1340 mm, sendo 40 mm mais pequeno que as berlinas.
O Škoda 110 R foi o substituto do 1000 e 1100 MBX e utiliza a mesma mecânica, o motor Škoda 720, de quatro cilindros em linha e válvulas à cabeça, com uma cilindrada de 1,1 litros, mas aqui a debitar 62cv às 5500 rotações por minuto. A alimentação de combustível era feita através de dois carburadores Jikov 32 DDSR. Ao contrário dos Porsche, o 110 R é refrigerado a água e tem também um radiador de óleo. O motor está acoplado a uma caixa manual de quatro velocidades. Apesar da pouca potência, os números até não eram maus, para os padrões da época, podendo atingir os 145 km/h de velocidade máxima e chega aos 100 km/h em 18,5 segundos, com o peso a rondar os 835 kg. Ao nível da travagem, estava equipado com discos Dunlop de 252mm na frente e tambores na traseira, com circuito duplo.
O Škoda 110 R serviu também de base a vários automóveis de competição com algum sucesso, sendo o mais conhecido o 130 RS. Além deste, vários outros protótipos foram construídos, como o 180 RS, o 200 RS e o mais agressivo 2000 MI.