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A primeira geração do Dodge Challenger iniciou a sua produção em Setembro de 1969, produzido sob a mesma plataforma do Plymouth Barracuda e competia directamente no segmento dos Pony Car, mais especificamente com o Ford Mustang. O seu desenho esteve a cargo de Carl Cameron e as suas proporções eram maiores que a maioria dos seus rivais. A primeira geração iria terminar a sua produção em 1974, com um total de 165.437 exemplares construídos.
O modelo de alta performance é o Challenger R/T, que significa Road/Track, e estava equipado com o motor V8 Magnum de 6,3 litros de cilindrada e 335cv de potência, acoplado a uma caixa manual de três velocidades. Como opção poderia ser montado o motor V8 Magnum de 7,2 litros 375cv ou 390cv na versão Six Pack. O modelo de topo era o V8 Hemi de 7,0 litros e com uma potência de 425cv às 5000rpm e 664Nm de binário às 4000rpm.
Esta versão R/T poderia ser complementada com mais luxo, se escolhido o pack SE ou Special Edition, disponível apenas em 1970, que adicionava vinil preto no tejadilho, emblemas SE, uma janela mais pequena na traseira, bancos da frente mais desportivos em pele e uma nova consola central com três luzes de aviso para a porta aberta, cintos e combustível. Curiosamente, apenas 23 exemplares do Challenger R/T SE equipados com o motor Hemi foram produzidos, fazendo com que seja um modelo bastante procurado por coleccionadores.
Presente neste artigo está o Dodge Challenger R/T SE de 1970 equipado com o motor mais potente Hemi e com um extra raro, o A34 Super Track Pack, que conjugava a caixa manual de quatro velocidades A833 com o diferencial Super Grip Dana 60 de relação 4.10. Conhecido por “The Black Ghost”, pois aterrorizava as ruas de Detroit à noite, a todos aqueles que o desafiavam na corridas ilegais bastante populares na região.
Na época ninguém sabia a identidade do condutor e a sua existência chegou a um estatuto mítico, no entanto, anos mais tarde veio-se a descobrir que afinal era um antigo paraquedista militar e polícia de Detroit que conduzia este automóvel, de nome Godfrey Qualls. Ele utilizava o automóvel apenas para sair à noite e em raras ocasiões, até que em 1976 o guardou na garagem e nunca mais o tirou, por razões desconhecidas. Manteve o automóvel na sua posse até à sua morte, em 2015, altura em que passou para o seu filho.
Hoje, este automóvel ainda preserva o seu motor e caixa de velocidades originais, apesar do abuso a que foi sujeito durante anos e circula sem problemas. Os componentes mecânicos foram restaurados em 2016, quando passou para a propriedade do filho de Godfrey. Conta ainda com a moca das velocidades Pistol Grip da Hurst.
Pela primeira vez na história está à procura de um novo dono, fora da família original, e vai a leilão no a 19 de Maio, num evento levado a cabo pela Mecum, em Indianapolis, sem haver ainda um valor estimado de venda. Este automóvel tem ainda a particularidade de estar no Historic Vehicle Association Register desde Outubro de 2020.
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