Clássicos • 15 Dez 2017

Hoje em dia, as equipas que participam nas 24 Horas de Le Mans têm à disposição infraestruturas de luxo, à altura da dimensão mundial do evento. Mas, no início dos anos 50, o cenário era bem diferente, e quando a recém criada marca Porsche decidiu participar na mais famosa prova de resistência, em 1951, precisava de um local no qual poderia preparar os seus 356 SL.
E foi precisamente Auguste Veuillet, o icónico piloto 356 nº46, quem encontrou um pequeno espaço numa oficina, em Teloché, uma pequena localidade situada perto de Mulsanne. A proximidade com o circuito permitia que os automóveis de corrida fossem directamente até ao circuito, pela estrada, sem precisar de um camião para os transportar.
Mas numa altura em que a memória da ocupação alemã ainda estava bem presente, a chegada da equipa de Estugarda não era vista com bons olhos pela população local (ironicamente, a oficina situava-se na rua 8 Maio, em referência ao 8 de Maio de 1945 que marcou o fim da Segunda Guerra Mundial).
Tudo mudou no dia 24 de Junho de 1951, com a vitória da dupla Veuillet/Mouche na categoria 1100cc a conseguir a 20º na classificação geral. A localidade passou a ter orgulho em receber uma equipa vencedora como a Porsche, e fê-lo ao longo de 30 anos seguidos, até a chegada do Grupo C exigir outro tipo de instalações.
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