O que resta do primeiro automóvel de competição concebido pela McLaren

Competição 27 Out 2022

O que resta do primeiro automóvel de competição concebido pela McLaren

A Cooper Car Company foi uma empresa britânica, fundada em Dezembro de 1947 por Charles e John Cooper, especialistas na produção de automóveis de competição. Com a ajuda do amigo de John, Eric Brandon, construíram máquinas vencedoras, tanto em provas de automóveis protótipos como na Indianapolis 500 e Fórmula 1, onde venceu dois campeonatos de construtores e pilotos em 1959 e 1960. Os ralis também não foram excepção, criando o Mini Cooper, que dominou várias provas, como o Rallye de Monte-Carlo, apesar do seu pequeno tamanho.

Para o ano de 1960 a Cooper desenvolveu o T53 para a Fórmula 1, mais baixo e estreito que o anterior T51 e tinha um chassis tubular completamente diferente, com uma carroçaria construída em alumínio rebitada ao chassis. A suspensão sofreu um grande avanço, pois neste automóvel era de triângulos sobrepostos nas quatro rodas. O motor era um Coventry-Climax FPF de quatro cilindros em linha e 2,5L litros de cilindrada, que desenvolvia cerca de 240cv. A potência era enviada para as rodas traseiras através de uma caixa de cinco velocidades construída pela própria Cooper. O peso do automóvel fixava-se nos 500 quilos.

O T53 foi conduzido pelos pilotos Jack Brabham e Bruce McLaren e, como dito acima, a Cooper iria vencer o campeonato de construtores de 1960 e Jack Brabham o campeonato de pilotos.

No ano de 1961 a Cooper construiu um chassis do T53P, com o número F1-16-61, e equipado com o motor Coventry-Climax FPF de 1,5L de cilindrada, para competir no Grande Prémio dos EUA, com Walt Hansgen aos seus comandos, piloto integrante da equipa de Briggs Cunningham. Mas, após 14 voltas Walt bateu violentamente com o T53, danificando severamente o automóvel.

No entanto, este não foi o fim deste T53, pois Cunningham vendeu os destroços a Roger Penske, que reconstruiu o chassis, equipou-o com o motor Coventry-Climax FPF de 2,75L de cilindrada e envolveu-o com uma carroçaria completa, dando-lhe o nome de Zerex Special, utilizando-o na Formula Libre em 1962. Em 1963, Penske alterou o chassis do Zerex, para a condução passar a ser feita do lado direito, de modo a cumprir com os regulamentos.

Bruce McLaren adquiriu este automóvel em 1964, alterou-lhe o chassis para ser mais largo, assim como a carroçaria de seu próprio design e aplicou-lhe um motor V8 Traco-Oldsmobile de 3,5 litros, dando-lhe o nome Cooper-Oldsmobile. Em Setembro de 1964 passa a estar equipado com o motor V8 Oldsmobile de 3,9 litros de cilindrada. Este foi o primeiro automóvel da Bruce McLaren Racing Team, pintado na icónica cor British Racing Green, tendo a alcunha de Jolly Green Giant.

O automóvel seria vendido no final de 1965 a Dave Morgan, que o utilizou na mesma forma de Bruce por dois anos, até o vender no final de 1966 a Leo Barboza que o utilizou para competir na Venezuela, ficando esquecido desde 1967 até este ano.

Infelizmente, este automóvel não chegou até aos nossos dias nas perfeitas condições, visto que o que resta dele é um chassis, o motor, duas jantes, parte da carroçaria da frente e pouco mais, sem esquecer que está tudo com bastante oxidação.

No passado dia 17 de Setembro foi vendido num leilão da Bonhams, organizado aquando o Goodwood Revival, sendo arrematado por 911 mil libras, mais de um milhão de euros. Sem dúvida um valor extremamente elevado para um automóvel que no fundo não o é, mas não deixa de ser um automóvel com bastantes vitórias no seu portefólio e o primeiro da equipa de Bruce McLaren, ficando para sempre na história.

image (1)
image
image (2)
image (3)
image (4)
image (5)
image (6)
image (7)
image (8)
image (9)
image (10)
image (11)
image (12)
image (13)
image0
image1

previous arrow
next arrow
image (1)
image
image (2)
image (3)
image (4)
image (5)
image (6)
image (7)
image (8)
image (9)
image (10)
image (11)
image (12)
image (13)
image0
image1
previous arrow
next arrow

Classificados

Siga-nos nas Redes Sociais

FacebookInstagramYoutube