LifeStyle • 15 Set 2022

Um santuário de automóveis europeus do outro lado do oceano

Numa cidade conhecida pela sua música e artistas country o Lane Motor Museum é uma raridade e um atração mundial, com automóveis a representar cada letra do alfabeto. Para compreendermos a extensão da colecção só a letra “S” representa a Saab, a Sabra, a Schmitty, a SEAB, a Simca, a Škoda, a Smart, a Steyr, a Subaru e a Suzuki.

Dentro do edifício, que antes era uma padaria comercial, encontram-se nas vigas bandeiras de vários países que designam as áreas para os automóveis das diferentes nacionalidades como é o caso do Reino Unido, da Suécia, do Japão, dos EUA, e da antiga Checoslováquia, entre outros.

O piso principal exibe cerca de 150 automóveis e motos, escolhidos a partir de uma colecção com mais de 500 veículos. Neste espaço não existem cordas e os visitantes podem se aproximar dos exemplares e apreciá-los de perto, o que pode ser descrito como uma experiência única.

O petrolhead Jeff Lane, que fundou o museu em 2002, tenta manter todas as exemplares em funcionamento para preservar esta herança única para as futuras gerações.

Lane começou a trabalhar com automóveis aos oito anos, quando ajudou o pai a restaurar um MG TF-1500 de 1955. Este veículo, que ele usou para passar no seu exame de condução, é um dos primeiros automóvel que os visitantes se deparam ao entrar no museu. Outros automóveis que representam as ilhas britânicas, e que são os preferidos de Lane, são o Lotus Elan de 1970, um Caterham Super Seven de 1981, um Peel de Trident 1965 e um microcarro construído na Isle of Man.

Mas os automóveis britânicos não acabam aqui e os visitantes conseguem ainda encontrar um roadster ABC de 1922, uma BSA TW33-9 Special Sports de 1933 e um Scootacar MkI de 1959 que está equipado com um motor Villiers 9E que produzia até 85cv.

Um veículo que seria incomum encontrar aninhado em qualquer museu, de ambos os lados do Atlântico, é a Commer Imp de 1968 que servia para fazer entregas e que foi construída na Escócia.

Uma faixa pendurada nas vigas declara “Automóveis eléctricos, sempre o automóvel do futuro”. Esta faixa remete ao facto de que vários automóveis pioneiros eléctricos se encontram no edifício sendo um desses um Henney Kilowatt, de 1959.

Outro veículo único presente na exposição é o Jupiter rocket-car elaborado pelo conhecido Kenny Howard, no Sul da Califórnia na década de 60, durante a época e cultura dos hot-rods. Foi habilmente construído a partir de um tanque de alumínio de um caça a jato F-86 da Força Aérea dos EUA. Apesar disto o automóvel, de dois lugares, com capota aberta é alimentado por um motor Harley-Davidson.