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Hillman Avenger Tiger: Um automóvel que evoca o desportivo da Sunbeam
Por Tiago Nova
O Hillman Avenger, foi um pequeno familiar, vendido por diversas marcas. Introduzido no mercado em 1970 foi produzido até 1978 e foi o primeiro modelo novo produzido pelo Rootes Group já sob a alçada da Chrysler Europe, sendo que, a partir de 1976, passou a ser vendido como Chrysler Avenger. Durante este tempo, esteve também disponível no mercado norte americano, vendido como Plymouth Cricket. Após a aquisição da Chrysler Europe pelo Grupo PSA, o Avenger foi vendido por breves tempos, mais concretamente de 1979 a 1981, pela marca Talbot.
A versão desportiva do Avenger era o Avenger GT, introduzido em Outubro de 1970, equipado com um motor de 1.5 litros de cilindrada e dois carburadores. Esta versão distinguia-se das restantes por ter dois faróis redondos de cada lado, listas laterais e tampões específicos. O GT só esteve disponível até Outubro de 1972, sendo substituído pelo Avenger GLS.
No entanto, a versão mais apimentada e mais rara, é a Tiger, com o nome inspirado no desportivo Sunbeam Tiger dos anos 60, lançada em Março de 1972. Estes Avenger Tiger eram modificados pela Chrysler Competitions Centre, sob a direcção de Des O’ Dell, com base no Avenger Super, daí terem os faróis quadrados.
O motor tinha por base o utilizado pelo Avenger GT, com uma cabeça melhorada, onde incluía válvulas maiores, dois carburadores Weber 40DCOE, colectores especiais combinados de admissão e escape e a taxa de compressão passava para os 9.4:1, passando o motor a desenvolver 93 ou 107cv (dependendo da forma como for calculada a potência) às 6.100rpm. Além da mecânica, a suspensão também foi melhorada, com molas e amortecedores Armstrong Heavy Duty Export na frente e molas e amortecedores Armstrong ajustáveis mais duros na traseira. No entanto, os travões, eixo traseiro e caixa de velocidades transitaram directamente do GT. Ao nível exterior, poderia-se distinguir dos restantes, pela cor única Sundance Yellow, bossa no capot, faróis auxiliares Lucas, spoiler traseiro (o primeiro automóvel a trazer um num kit desportivo), jantes Minilite em magnésio, riscas pretas na lateral, backets Restall, conta-rotações Smith e os emblemas Avenger Tiger. Como curiosidade, os primeiros três Avenger Tiger produzidos eram brancos com riscas azuis.
Em Outubro de 1972, o Avenger Tiger ficou mais civilizado, com o lançamento da versão Mk.II, utilizando como base o Avenger GLS de quatro portas e dois faróis redondos na frente. A mecânica era idêntica à do anterior, apesar dos testes demonstrarem ter mais potência. A bossa no capot desapareceu, mas agora este era pintado em preto mate e havia alterações ao nível das jantes, eram agora umas Exacton, e interiores, com o painel de instrumentos do GT. Além da cor Yellow Sundance, passou a estar disponível o Red Wardance.
Dos Avenger Tiger Mk.I terão sido produzidos cerca de 200 exemplares e do Mk.II cerca de 450 até ao final de 1973. Hoje em dia são automóveis extremamente raros de se ver, acreditando-se que apenas 20 exemplares tenham sobrevivido.
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