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Após a vitória nas 24 Horas de Le Mans de 1988 e consequente vitória no World Sports Prototype Championship, do mesmo ano, a Jaguar pensou em transpor o sucesso para as estradas desenvolvendo um automóvel, praticamente de competição, mas com matrículas, nascendo assim o XJR-15 em 1990.
Em colaboração com a Tom Walkinshaw Racing, mais conhecida por TWR, que também desenvolveu o XJR-9, a Jaguar fundou a JaguarSport para a produção do XJR-15. O chassis teve por base o mesmo do seu homólogo de competição, desenhado por Tony Southgate, enquanto o exterior teve o desenho a cargo de Peter Stevens e a carroçaria foi construída em fibra de carbono e Kevlar, sendo este o primeiro automóvel de estrada com carroçaria construída nesses materiais.
O motor também era idêntico ao do XJR-9, mas aqui modificado para o uso em estrada, sendo um V12 de 6,0 litros de cilindrada, naturalmente aspirado e com 24 válvulas, desenvolvendo 496cv de potência às 6250rpm e 569Nm de binário 4.500rpm. Este motor tinha também a particularidade de ter um sistema electrónico bastante avançado para a época, como é o caso do acelerador fly-by-wire, desenvolvido em conjunto com a Zytek. Acoplado ao motor poderia estar uma caixa manual de seis velocidades de carretos direitos ou então, como opção, uma caixa de cinco velocidades manuais totalmente sincronizada, ambas montadas numa posição transaxle. O peso total do XJR-15 é de apenas 1050 quilos, podendo atingir os 307km/h de velocidade máxima.
A produção planeada do XJR-15 era de apenas 50 unidades no total, mas acabaram por ser construídos 53 chassis. Estes números englobam também os exemplares construídos para o campeonato monomarca, o Jaguar Intercontinental Challenge, que fez de suporte à Fórmula 1 em 1991, nos circuitos do Mónaco, Silverstone e Spa. Posto isto, apenas 27 exemplares foram construídos para estrada e a sua grande maioria foram vendidos para o Japão.
Presente neste artigo está um raro Jaguar XJR-15 de 1991, com o chassis número 018, conhecido por “Japan Study Car”, pois foi este o automóvel utilizado pelos engenheiros da Nismo de modo a estudarem a aerodinâmica do R390 GT1, que tem por base o XJR-9 e XJR-15 e foi também desenvolvido pela TWR. Está ainda equipado com a caixa de cinco velocidades sincronizada e apresenta apenas 954 milhas percorridas, cerca de 1500 quilómetros. Recebeu um restauro completo em 2015, pela Bespoke Motors.
Esta é uma rara oportunidade de adquirir um exemplar destes, pois este mesmo exemplar vai a leilão no próximo dia 20 de Agosto, num evento organizado pela RM Sotheby’s aquando do Monterey Car Week, com um valor de venda estimado situado entre os 1,2 e os 1,4 milhões de euros. Juntamente com o automóvel, seguem alguns painéis que foram montados quando este estava a servir de estudo pela Nismo, além de um par de backets, jantes suplentes e uma centralina da Zytek.
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