A arte em movimento de Roberto Torino

LifeStyle 09 Ago 2022

A arte em movimento de Roberto Torino

Por Irineu Guarnier

Automóveis de corrida em alta velocidade. A disputa para ver quem chega primeiro na curva. Ultrapassagens arriscadas. A frenagem no último instante. Marcas de borracha queimada no asfalto. A tensão e a adrenalina nos olhos dos pilotos. A arte de Roberto Muccillo Torino é feita de movimentos. Capta, em pinceladas rápidas, enérgicas e precisas, toda a emoção de uma prova de Fórmula 1, do Campeonato Mundial de Endurance e de outras categorias do automobilismo de competição.

Desde criança, Torino, agora com 57 anos, nascido em Porto Alegre (RS) mas vivendo desde 2018 em Itajaí (SC), gostava de desenhar. Por algum tempo, trabalhou em agências de publicidade, na área de criação, como designer gráfico. Em 2002 surgiu o interesse em mexer com tintas e desde então não parou mais de pintar. “Fui criando o meu próprio estilo, sempre buscando movimento nas pinturas.”, conta.

Torino fez parte de sua formação no Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre, e estudou na Escola Nacional de Belas Artes, em Lisboa – sempre interessado em História da Arte e todos os seus movimentos. “Na pintura, consegui juntar duas paixões: automobilismo e arte. A minha vida está muito ligada ao universo da velocidade e dos motores.”, acrescenta o artista, que frequenta com assiduidade autódromos e exposições de automóveis antigos. “Sou muito feliz de poder viver com as minhas pinturas”.




A evolução do artista é visível ao se observar o conjunto de sua obra – hoje com mais de 1,4 mil quadros. “Nestes anos de pintura fui passando por fases. No início, pinturas mais soltas, quase abstratas. Depois, foi ficando mais realista, com cenários e quadros mais elaborados”. O pintor utiliza tinta acrílica sobre tela, e verniz no final. Para trabalhar os fundos e o movimento, usa espátula e tinta líquida em bisnaga. “Estou sempre buscando coisas novas”, revela.

O artista já pintou, sob encomenda, para pilotos e equipas de todas as categorias do automobilismo mundial. A partir de 2016, também começou a pintar modelos esportivos e clássicos. “Todas as encomendas são especiais para mim, sempre um novo desafio”, diz. E acrescenta: “Expondo em eventos de clássicos, fiquei encantado com este universo, com os coleccionadores, a paixão e o seu conhecimento sobre os automóveis. Ainda vou ter um clássico na minha garagem”, garante.


Fotografias: Eduardo Scaravaglione


Irineu Guarnier Filho é brasileiro, jornalista especializado em agronegócios e vinhos, e um entusiasta do mundo automóvel. Trabalhou 16 anos num canal de televisão filiado à Rede Globo. Actualmente colabora com algumas publicações brasileiras, como a Plant Project e a Vinho Magazine. Como antigomobilista já escreveu sobre automóveis clássicos para blogues e revistas brasileiras, restaurou e coleccionou automóveis antigos.


TAGS: Campeonato Mundial de Endurance da FIA. Fórmula 1


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