McLaren F1 celebra 30 anos

Clássicos 26 Abr 2022

McLaren F1 celebra 30 anos

Há 30 anos, em 1992, antes do Grande Prémio do Mónaco uma empresa conhecida, quase exclusivamente, pelos seus veículos de competição apresentou o seu primeiro automóvel produzido para a estrada.

O McLaren F1 foi produzido com o objectivo de ser considerado o melhor supercarro e assim aconteceu. Esta obra de arte, caracterizado por uma elegante simplicidade, ainda é um dos automóveis mais rápidos do mundo, disponíveis para o público.

A McLaren carrega o nome de Bruce McLaren, um piloto da Nova-Zelândia que começou a competir ao volante de um Austin Seven modificado. McLaren foi muito bem sucedido e deslocou-se para o Reino Unido onde estabeleceu a sua empresa, em 1963, enquanto ainda corria pela Cooper, e onde estabeleceu a sua equipa de Fórmula 1 dois anos depois.

O primeiro projecto de um automóvel de estrada foi o M6GT, um coupé equipado com um motor Chevrolet e baseado no M6A, um automóvel de competição. Existia planos para a Trojan, que fabricava os McLarens de pista para clientes privados, produzir 250 exemplares do M6GT, no entanto, o projecto foi cancelado depois de Bruce McLaren falecer num teste em Goodwood, em 1970, com apenas 32 anos.

A ideia do F1 foi discutida, pela primeira vez, num aeroporto em Milão, em 1988. A marca, na altura, estava a dominar nos Grandes Prémios, grande parte devido aos esforços de Ayrton Senna.

Ron Dennis, Mansour Ojjeh, Gordon Murray e Creighton Brown estavam à procura de uma oportunidades de negócio fora do mundo do desporto motorizado e decidiram que uma das maneiras para seguir em frente seria criar um automóvel de estrada extraordinário. Dentro de dois anos, projectos do futuro McLaren foram criados e debatidos numa reunião que durou dez horas.

O famoso designer Peter Stevens foi o responsável pela criação da forma do F1. De acordo com a McLaren, Stevens trabalhou de dentro para fora. Um dos pontos de partida foi a posição dos bancos, onde o condutor se sentava quase no centro do automóvel, com um passageiro de cada lado. Esta não era um desenvolvimento novo, mas era uma característica interessante para um veículo que iria ser produzido em série.

O F1 está equipado com um motor V12 da BMW. Baseado, aproximadamente, no primeiro motor da marca germânica desse tipo, conhecido como o M70. O S70/2 era naturalmente aspirado com 6,1 litros de capacidade com quatro válvulas por cilindro, um sistema de óleo de cárter seco e válvulas variáveis.

O S70/2, que apenas foi usado no F1, produzia 618bhp e desenvolvia até 650nm de torque. Uma versão especifica denominada de S70/3 foi desenvolvida posteriormente para automóveis de competição da BMW.

Uma característica fundamental do F1 foi o facto da sua carroçaria ser feita em fibra de carbono, um material que a McLaren já estava habituada a usar nos seus carros da Fórmula 1. Apesar do seu grande motor e caixa de velocidade, o F1 pesava apenas 1140 quilos.

A combinação de um poderoso motor e do seu peso baixo era muito eficaz. Num teste independente, o F1 atingiu os 96km/h em 3.2 segundos, para 160km/h em 6.3 segundos, para 241km/h em 12.8 segundo e de 321km/h em 28.0 segundos.

O velocímetro do automóvel chegou a marcar 386km/h o que era um exagero da capacidade do veículo, mas não por muito.

Para além de ser leve, a fibra de carbono também é muito resistente. Esta característica foi, inadvertidamente demonstrada quando um protótipo do F1 sofreu um acidente a 240km/h, durante um teste em clima quente, na Namíbia. Na maioria dos casos este acidente teria sido um desastre mas nesta situação o piloto saiu do acidente sem grandes ferimentos.

Dentro das possibilidades que existiam, a McLaren decidiu equipar este modelo com portas diédricas que abriam para cima.

O projecto final foi revelado em 1992, entrou em produção em 1993 e entregas ao consumidor começaram a ser feitas no ano seguinte. Este modelo, imediatamente, captou a atenção de celebridades que nutriam uma paixão por automóveis. Incluídos nessa lista estavam Rowan Atkinson, George Harrison, Ralph Lauren, Jay Leno, Elon Musk, Nick Mason e o Sultão de Brunei.

A McLaren nunca teve planos de levar o F1 para as pistas já que os seus esforços já estavam concentrados na Fórmula 1. Mas como resposta a perguntas de várias equipas de competição a marca criou uma versão para o efeito intitulada de GTR.

Houve muitas alterações realizadas, principalmente na suspensão e na aerodinâmica. Mas as restrições de ar obrigatórios significavam que esta versão era menos potente que a versão de estrada, que serviu como inspiração.

A melhor performance do GTR aconteceu na corrida de 24 Horas em Le Mans, de 1995. Nesse ano apresentaram-se sete GTRs na prova e dos cinco que terminaram conseguiram arrebatar o primeiro, terceiro, quarto, quinto e décimo terceiro lugares. Nos dois anos seguintes, este modelo, foi eleito o automóvel de topo na série BPR Global GT e no Campeonato FIA GT.

De forma a celebrar o trinfo em Le Mans em 1995 a McLaren produziu cinco exemplares de um modelo derivado do F1 designado como LM. Estava equipado com um motor do GTR, mas sem as restrições do modelo anterior conseguindo assim produzir 679cv.

Apesar disso, o desempenho em linha reta foi menor devido aos auxílios da aerodinâmicos extras, que incluíam uma asa traseira, mas a força descendente significava que se tornava mais rápido nas curvas.

Outra versão deste modelo icónico é o F1 HDK ou HDF, que apareceram quando a McLaren transformou dois modelos F1. São pouco usuais porque vinham equipados com a versão de 670bhp num motor V12 e com um kit de força descendente. As rodas também eram maiores em diâmetro do que o padrão, com 18 polegadas, e a suspensão foi aprimorada.

Quando o BPR Global GT Series foi substituído pela the FIA GT Championship apareceram um novo conjuntos de regulamentos técnicos que permitiam auxílios aerodinâmicos.

A McLaren respondeu a estas alterações ao alongar a carroçaria nas duas extremidades do automóvel, o que foi inspiração para o apelido “long-tail”. O automóvel continuava competitivo mas a temporada foi dominada pelo Mercedes-Benz CLK GTR que era, essencialmente, um automóvel de competição com uma versão de estrada, o contrário do que acontecia com a modelo da McLaren.

Por último aparece o F1 GT que fui uma versão de estrada muito limitada com a mesma carroçaria “long-tail” que estava presente nos últimos modelos de corrida do GTR. Manteve a maioria das características aerodinâmicas excepto a asa traseira no GTR e, de facto, no LM.

A produção do F1 terminou em 1998 depois de serem fabricados 106 exemplares. Destes 106, 64 na versão normal de estrada, 28 de competição incluindo os “long-tails”, seis LM, cinco protótipos e três GTs.

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