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Durante os anos 30, Bill Frick ficou conhecido por colocar grandes motores V8 em pequenos automóveis. Ele usava estes automóveis para competir, com grande sucesso e juntamente com Phil Walters, que nas pistas utilizava o pseudónimo Ted Tappett, para a família não descobrir que competia.
Na década de 50 nasceu a Frick-Tappett Motors, em Long Island, onde eram realizadas as reparações, substituições e preparações de motores para a competição, e ainda a venda de automóveis desportivos.
Em 1949, Frick adquiriu um Ford e equipou-o com o motor Cadillac 331 V8, e acabou por ficar conhecido como Fordillac. Briggs Cunningham, um americano milionário visionário, piloto e construtor de automóveis, ficou impressionado com o feito e adquiriu a empresa, mudando a sua sede para a Flórida. Na nova localização foram elaboradas as preparações dos famosos Cadillac que competiram nas 24 Horas de Le Mans em 1950.
Com isto, Bill Frick fundou a Bill Frick Motors e começou a produzir os Studillac, que como o nome indica, eram automóveis Studebacker, com motores V8 da Cadillac, que desenvolviam na sua forma original 210cv, mas Bill aumentava um pouco mais esse número. No entanto, Bill não gostava do desenho dos Studebacker, então enviou um exemplar para a Vignale, em Itália, onde encomendou uma carroçaria especial com desenho de Giovanni Michelotti. O desenho foi imediatamente aprovado por Bill que pediu a produção de uma carroçaria coupé e descapotável, todos eles únicos.
O automóvel presente neste artigo é um desses três exemplares, mas o único de produção. Designado Bill Frick Special GT Coupé, foi construído na Vignale especificamente para Mr. John Blodgett Jr., um milionário que residia no estado do Michigan. Aquando da encomenda do automóvel, ele quis um tecto de abrir em lona e uma caixa manual de quatro velocidades Pont-a-Mousson e, posteriormente, colocou jantes de raios da Borrani.
O magnata não ficou com o veículo muito tempo e desde então passou pelas mãos de vários proprietários. Em 1989 foi adquirido por Michael Pomerance, que estudou toda a história do automóvel e o submeteu a um grande restauro mecânico e de chapa, ao pintar o automóvel de vermelho com o tecto preto, cor que apresenta hoje.
Foi mantido o motor original, o V8 da Cadillac V8, mas Michael trocou a caixa francesa por uma T-10 da Pontiac de quatro velocidades manuais. O interior mantém os manómetros originais, a ventilação Magic Aire, assim como o volante de três braços da Nardi.
Agora, este exemplar único de 1957, que marca apenas 41 mil milhas no odómetro, cerca de 66 mil quilómetros, está à venda na Hyman LTD pelo valor de 325 mil dólares, cerca de 284 mil euros.
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