Opel Rekord D e o papel decisivo que desempenhou no mercado automóvel

Clássicos 18 Out 2021

Opel Rekord D e o papel decisivo que desempenhou no mercado automóvel

O Opel Rekord D celebra o seu 50º aniversário em Janeiro de 2022. Este modelo herdou um sucesso difícil de replicar com o seu antecessor directo ter alcançado mais de 1,2 milhões de unidades produzidas. Este valor era equivalente a um oitavo de todos os automóveis produzidos pela Opel ao longo de 70 anos. Este facto, tal como mencionado num comunicado de imprensa da Opel da época, era a prova de que o mercado “não podia dar-se ao luxo de perder um automóvel como o Rekord”.

O Rekord D já tinha o caminho aberto, mas isso não o impediu de tomar a sua própria direcção. Em contraste com o Rekord C, cujo formato “garrafa de Coca-Cola”, era influenciado pela linguagem de design dos seus irmãos norte-americanos, o novo design tinha características europeias. Linhas claras e funcionais, superfícies lisas, assim como janelas de grandes dimensões e uma linha de cintura baixa, que são responsáveis pelo seu estilo exterior intemporal.

Tal como a geração anterior, o Rekord D estava disponível em três formatos de carroçaria, a clássica Berlina, com duas ou quatro portas, um coupé desportivo e uma carrinha Caravan, de três ou cinco portas. Para clientes profissionais, na melhor tradição do lendário modelo ‘Schnelllieferwagen’ dos anos 50 e 60, a Opel propunha também a carrinha Rekord em versão comercial, uma Caravan de três portas sem janelas laterais traseiras.



O Opel Rekord D também conhecido como Rekord II, a fim de evitar confusão com “D” de Diesel, elevou a fasquia em termos de segurança passiva. Os reforços nos painéis laterais e no tejadilho ofereciam protecção em caso de colisões laterais, enquanto as zonas de deformação protegiam os ocupantes em caso de colisões frontais.

Este modelo foi o primeiro modelo de passageiros da Opel a chegar ao mercado com um motor Diesel. Lançado em Setembro de 1972, vinha equipado com a versão de produção de um motor recordista mundial, com um bloco Diesel de 95cv, com turbo e câmara de turbulência, tinha feito a sua estreia em Junho do mesmo ano num protótipo, o Opel GT Diesel, com a sua carroçaria de aerodinâmica otimizada, estabelecendo 18 recordes internacionais e dois recordes mundiais na pista de testes da Opel, em Dudenhofen. No Rekord, o novo motor debitava 60cv, consumia uma média de 8,7 litros de gasóleo por cada 100 quilómetros e alcançava uma velocidade máxima de 135 km/h. O Opel Rekord 2100 D era facilmente reconhecido pela protuberância no capô devido à árvore de cames à cabeça e às suas modificações, isto acontecia também por causa do motor Diesel ser mais alto do que os motores a gasolina.

A partir de março de 1972, o Commodore B colocou a gama um patamar acima, colmatando a brecha entre o Rekord, o Admiral e o Diplomat, posicionados claramente acima. O Commodore B partilha as formas da sua carroçaria com o Rekord, mas apresentava uma dotação de equipamento mais luxuosa e estava apenas disponível com motores de seis cilindros. Os desenvolvimentos técnicos foram rápidos: ao Commodore S 2.5 de 115 cv sucedeu o GS de 130cv, seguindo-se o GS de 2,8 litros com carburador duplo e 142cv. Por fim, em Setembro de 1972, entrou em cena o topo de gama Commodore GS/E. O motor de 2,8 litros e 160cv com injeção eletrónica de combustível, permitia um desempenho impressionante. O coupé podia atingir uma velocidade máxima de 200 km/h, e a Berlina de quatro portas chegava aos 195 km/h. “O GS/E destina-se aos apreciadores de modelos de turismo potentes que gostam de percorrer longas distâncias a velocidades mais elevadas”.

Nesse sentido, não foi surpresa ver o Commodore GS/E a ser utilizado em competição, tanto em pista como nos ralis. Em 1973, o jovem Walter Röhrl estreou-se em competição num Opel, no Rally de Monte Carlo, tendo até sido bem-sucedido, embora a falta de homologação tenha colocado o Commodore GS/E coupé, preparado pela Irmscher, a competir em Grupo 2 destinado a veículos modificados.

Contudo, os maiores sucessos do Commodore e do Rekord foram alcançados fora dos circuitos ou dos troços cronometrados. No início de Setembro de 1976, saiu da linha de produção uma Berlina Rekord D, de cor dourada, ostentando, pela segundo vez na história do modelo, o número “um milhão”, confirmando a ideia de que o mercado “precisa mesmo do Rekord”, tal como a Opel tinha declarado aquando do lançamento em 1972. Para assinalar a proeza, foi lançada no mercado uma edição limitada da versão especial ‘Miliionaire’, com motorização S 2.0 de 100cv e equipamento ‘Berlina’.

01-Opel-36978
Opel Rekord D
02-Opel-36983
Opel Rekord 1.7, 1971
Opel Rekord Coupé, 1972
Opel Rekord 2.0D Caravan, 1975
Opel Rekord 1.9 Caravan, 1975
Opel Rekord D Lieferwagen, 1972
Studie: Pickup-Version des Opel Rekord D für den Export, 1974
Der 1.000.000. Opel Rekord
Rüsselsheim, 7. 9. 1976: Der 1.000.000. Opel Rekord II läuft vom Band
18-Opel-Rekord-133201
Opel Commodore B
26-Opel-Rekord-149388
27-Opel-Rekord-149389 (1)
Opel-Werbeanzeige, 1976
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01-Opel-36978
Opel Rekord D
02-Opel-36983
Opel Rekord 1.7, 1971
Opel Rekord Coupé, 1972
Opel Rekord  2.0D Caravan, 1975
Opel Rekord 1.9 Caravan, 1975
Opel Rekord D Lieferwagen, 1972
Studie: Pickup-Version des Opel Rekord D für den Export, 1974
Der 1.000.000. Opel Rekord
Rüsselsheim, 7. 9. 1976: Der 1.000.000. Opel Rekord II läuft vom Band
18-Opel-Rekord-133201
Opel Commodore B
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Opel-Werbeanzeige, 1976
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