Ferrari 250 GT/E da Polizia de Roma, o mais temido da máfia italiana nos anos 60

Clássicos 06 Abr 2021

Ferrari 250 GT/E da Polizia de Roma, o mais temido da máfia italiana nos anos 60

A grande parte dos automóveis utilizados pelas várias polícias de todo o mundo, não despertam grande interesse, pois são automóveis comuns e enfadonhos. No entanto, existem sempre aqueles que se destacam dos demais, ou por serem raros, ou por serem mais desportivos, ou então porque já atingiram o estatuto de clássico.

Este Ferrari 250 GT/E Series II utilizado pela polícia de Roma, enquadra-se em todas as categorias, é raro, é desportivo e clássico. Mesmo na época não era nada comum ver um Ferrari de qualquer força de segurança e isso só foi possível, com a introdução do primeiro Ferrari de quatro lugares, o 250 GT/E.

A Itália sempre foi um país conhecido pelas suas máfias e, nos anos 60, os criminosos estavam a utilizar cada vez mais automóveis rápidos, tão rápidos que a polícia não conseguia ir atrás deles. E quando perguntaram ao polícia Armando Spatafora o que poderiam fazer para evitar isto, ele só disse que não havia melhor que um Ferrari, e assim foi.

Tudo porque este automóvel, produzido pela Pininfarina, estava equipado com o motor Colombo V12 de 60 graus, com três litros de cilindrada e desenvolvia 240cv, sendo capaz de atingir os 250 km/h. Foram entregues dois Ferrari 250 GT/E à polícia de Roma, mas um deles durou pouco tempo, tendo-se visto envolvido num grave acidente e foi destruído. Após a aquisição do Ferrari, quatro agentes da polícia foram a Modena, para um curso de condução e Spatafora foi o mais rápido, sendo que o próprio Enzo Ferrari perguntou se não estaria interessado em representar a marca em alguma provas, ao que ele recusa, dizendo que era polícia, não piloto.

O 250 GT/E com o chassis 3999GT, esteve ao serviço da polícia de Roma de 1962 até ao final de 1968 e juntou-se a um leilão público de excedentes do exército, em 1972, quando foi adquirido por Alberto Cappelli, que o manteve tal como está durante 40 anos. Em 1984, Spatafora voltou a estar aos comandos do Ferrari, na corrida Coppa delle Dolomiti, onde incrivelmente, conseguiu o segundo posto.

O automóvel está totalmente de origem, mantendo a decoração original da polícia e com o certificado da Ferrari Classiche. Esteve à venda na Girardo and Co e é o único automóvel particular que pode circular com pirilampo azul e sirene em Itália.

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