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Carlo Borrani pode não ter inventado as jantes com bloqueio central, mas a empresa que carrega o seu nome, foi um elemento essencial para colocar esta tecnologia na vanguarda do mundo motorizado, na era do pós-guerra.
Depois da Segunda Guerra Mundial, durante o período de renascimento dos automóveis desportivos e corridas, um conjunto de jantes de arame Borrani era a norma, e não só para fabricantes e equipas italianas. Modelos de estrada e pista da Ferrari, na época, vinham equipados com jantes Borrani, mas os seus rivais a nível internacional estavam a fazer o mesmo. Alguns dos primeiros Ford GT40 eram vendidos com jantes da marca italiana, sendo que estas eram vistas como um selo de qualidade, de engenharia artística.
A empresa é antiga, tendo sobrevivido à segunda grande guerra e a algumas mudanças de patronato desde que foi fundada, em 1922, por Carlo Borrani, mas os métodos utilizados na sua produção nos dias de hoje, são os tradicionais que conferiram à marca a sua reputação. Jantes Borrani continuam a ser feitas à mão, não numa linha de montagem por robots. É difícil dizer que jantes de arame são o design de ponta na actual indústria, mas a Borrani faz mais do que oferecer um estilo nostálgico, a marca recebe jantes vintage e restaura-as, tonando mais forte o laço entre o passado e o presente da empresa.
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