Mercado • 11 Jan 2021
Mercado • 12 Jan 2021
Bugatti Type 57 que esteve guardado durante mais de 50 anos vai a leilão
O Bugatti Type 57 fica marcado na história da marca, por ter um design completamente diferente, desenvolvido pelo filho de Ettore, Jean Bugatti. Durante a sua produção, de 1934 a 1940, cerca de 710 exemplares foram construídos, por entre as várias versões.
Este Bugatti Type 57, mais precisamente um Type 57 Surbaisse 3.3-Liter Four-Seat Sports Grand Routier “Dulcie” de 1937, tem uma carroçaria produzida pela londrina Corsica Coachworks, assente num chassis leve, construído especificamente para o Grande Prémio de França de 1936 e para recordes de velocidades. Equipado com o potente motor de oito cilindros em linha, 3,3 litros de cilindrada e duas árvores de cames à cabeça da Bugatti. Somente três chassis destes Type 57G Tank foram produzidos e consta que somente um sobreviveu intacto, sendo que o chassis perdido poderá ser o que serviu de base a este Type 57S. Com uma velocidade máxima de 185 km/h, este era um dos automóveis mais rápidos do Mundo.
Originalmente foi entregue em Londres, através de Jack Barclay, a Sir Robert Ropner, um magnata da navegação. Posteriormente, o Type 57 foi vendido a Rodney Clarke, o fundador da equipa britânica Connaught Engineering. Em 1969, foi adquirido pelo especialista da Bugatti, Bill Turnbull, para efectuar um profundo restauro, mas infelizmente, viria a falecer antes do restauro terminar, ficando guardado até então.
Com a alcunha Dulcie, devido à sua matrícula DUL351, este automóvel com o chassis número 57503 esteve guardado cerca de 51 anos sendo, possivelmente, o último Bugatti pré-Guerra a ser descoberto. Irá ser levado a leilão, no evento Legends of the Roads Sale, organizado pela Bonhams no próximo dia 19 de Fevereiro, com um valor estimado que se situa entre os 5,5 e os 7,7 milhões de euros.