Viaturas militares ao alcance da mão

Clássicos 29 Abr 2020

Viaturas militares ao alcance da mão

Por Irineu Guarnier

As viaturas militares compõem uma das categorias mais fascinantes do antigomobilismo. Robustos, rústicos, geralmente cobertos de pesada blindagem para proteger seus ocupantes em combates, esses veículos de características espartanas e design estritamente funcional carregam consigo muita história.

Em Porto Alegre, a capital do estado mais meridional do Brasil, o Museu do Comando Militar do Sul reúne um acervo que encanta os turistas interessados em história – mas principalmente quem gosta de viaturas militares.

Instalado em um bonito prédio de 1867, onde funcionou o antigo Arsenal de Guerra da Província, no Centro Histórico da cidade, o Museu do Comando Militar do Sul foi inaugurado em maio de 1999 e reúne um acervo de mais de quatro mil peças, que inclui uniformes, armas, equipamentos, capacetes, heráldica, fotos e documentos do período colonial brasileiro aos dias atuais – tudo cuidadosamente preservado por uma equipe de militares, historiadores e museólogos.

Mas a grande atração são os imponentes carros de combate (popularmente chamados de “tanques”) com suas couraças de aço, esteiras metálicas em lugar de rodas, torres móveis e canhões de longo alcance, além dos veículos de transporte de tropas.

Distribuídos por duas alas, separadas por um pátio interno coberto por um telhado translúcido, estão veículos icônicos da Segunda Guerra Mundial muito bem conservados (alguns com “cicatrizes” dos combates de que participaram), além de outros mais modernos. Entre os que mais chamam a atenção do público estão um tanque Sherman M4 Casco Reto, um Half Track M5, um M3 A1 Scout Car 4X4, um M59 Anfíbio, um T-17 Deerhound (primeiro blindado 6X6 do Exército Brasileiro), um M3 A1 Stuart versão Honey (ao qual os ingleses adaptaram dois tanques de combustível ejetáveis), um M8 Greyhound e um mais moderno Leopard 1 A1.

Algo pouco comum em instituições deste tipo, no Museu do Comando Militar do Sul, em Porto Alegre, os visitantes podem ver bem de perto as máquinas, caminhar entre elas, toca-las e até entrar em alguns dos veículos para experimentar a sensação de um soldado em um campo de batalha. Experiência não recomendada, diga-se de passagem, para quem sofre de claustrofobia.

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