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Foi no passado sábado, dia 27 de Julho, que Mangualde recebeu de braços abertos as celebrações dos cem anos da Citroën. Intimamente relacionada com a Citroën, a fábrica de Mangualde representa um marco histórico e importante no desenvolvimento da região. Não são todas as marcas que perduram no tempo cem anos! Sem dúvida que não são todas as marcas que deixam um legado tão rico como a marca do Chevron.
A meu ver, estes cem anos demonstraram a capacidade da Citroën em responder, com qualidade, às exigências de uma sociedade em constante mudança. Se foi capaz de produzir o carro mais inovador de sempre, também foi bem sucedida em produzir o mais modesto dos transportes. Falo obviamente do «deux chevaux», que vendeu uns estonteantes cinco milhões de unidades pelo mundo fora! Foi em Mangualde, precisamente, que se deu a produção dos últimos 2CV, em finais de Julho de 1990. Este fiel e robusto meio de transporte, foi o ganha pão de muitos trabalhados em Mangualde, e não só!
As festividades iniciaram-se perto das 16h30, com a inauguração da placa comemorativa dos cem anos. Este acontecimento, marcava o início das comemorações em Mangualde, e contou com a presença dos representantes políticos, imprensa local e participantes. De seguida, e de forma muito ordeira, ocorreu a concentração dos clássicos junto à fábrica. Para muitos automóveis, era um regresso às origens, e alguns deles ainda sem qualquer tipo de restauro! Gostava de deixar um voto de louvor à organização do evento, pois o seu trabalho meritório assegurou um acompanhamento bastante eficaz, sem qualquer crítica a apontar.
Aos participantes dos «desfile», assim designado no programa oficial, foi atribuído um pequeno brinde, com informações gerais, um porta chaves alusivo aos cem anos, etc. Foi também atribuída uma placa, que identificava os clássicos participantes!
O desfile partiu da fábrica sem incidentes, e, sem incidentes de maior se finalizou no centro da cidade, após 11 quilómetros de belas paisagens e de ávidos expectadores. A título de curiosidade, destacava o grande número de obstáculos que o percurso apresentou, na forma de lombas. Sendo que algumas eram bastante massivas. Diria que nem estes obstáculos foram rivais à altura do supremo conforto francês.
No centro da cidade, os automóveis foram estacionados ordeiramente, proporcionando uma exposição até bastante completa dos modelos mais importantes da marca. Clássicos de grande valor embelezaram, ainda mais, este pequeno centro histórico. Também os mais pequenos puderam embarcar na aventura de andar num carro dos bombeiros, pertencente aos Bombeiros de Cacilhas.
A paleta de cores alegrou o evento, como podemos observar na seguinte fotografia, onde cada carro nos presenteia uma experiência visual única.
Ainda mais importante do que isto, são as experiências, e as conversações que se estabelecem. A oportunidade de trocar ideias, aprender, escutar e rir, são o que no final de contas se extrai de um evento destes. A partilha do sentimento que nos faz permanecer fiéis aos clássicos é transversal, e aparentemente, não tem cura!
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