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Reabrir uma linha de montagem com o intuito de fabricar um modelo cuja produção foi encerrada é algo pouco comum na indústria automóvel. Menos ainda se isso for feito para produzir apenas quatro unidades. Foi o que a Porsche fez neste ano com o objectivo de repor quatro 911 GT2 RS que foram parar no fundo do mar, após o naufrágio do navio que os trazia para o Brasil.
No dia 12 de Março, o cargueiro Grande América teve um incêndio quando navegava no Oceano Atlântico, a 330 quilómetros da costa francesa. As 27 pessoas a bordo foram resgatadas; o navio, entretanto, afundou e levou para as profundezas toda a sua carga − incluindo cerca de 3.000 automóveis de diversas marcas, entre eles 37 exemplares da Porsche.
Produzir unidades extras do Cayenne, Macan, 718 Boxster e 718 Cayman para repor as perdidas no naufrágio era o menor dos problemas para a Porsche. O maior é que na embarcação estavam quatro GT2 RS, uma versão de produção limitada cuja produção havia sido encerrada em Fevereiro. Os quatro exemplares a bordo do cargueiro eram os últimos a serem entregues no mercado brasileiro.
Comunicado do ocorrido pela Porsche Brasil, a matriz na Alemanha decidiu reabrir a linha de produção do 911 GT2 RS em Zuffenhausen e fabricar quatro novas unidades para serem entregues aos clientes brasileiros, substituindo assim as que foram perdidas no naufrágio. Isso só foi possível porque a adaptação da fábrica para iniciar a produção da nova geração do 911, denominada internamente como “992”, ainda não tinha começado – estava marcada para dois dias depois. Se este processo já estivesse em andamento, a reposição dos quatro 911 GT2 RS seria impossível.
Ao receber a resposta positiva da Porsche AG, a Porsche Brasil enviou aos proprietários dos quatro 911 GT2 RS uma carta informando-os do naufrágio e mencionando que, numa situação normal, não seria possível repor o veículo. “Porém, devido à natureza da situação e por considerá-lo um cliente altamente valioso para a marca, a Porsche decidiu reactivar a produção deste modelo e produzir o seu veículo em Abril”, prosseguia a carta, assinada pelo Presidente da Porsche Brasil, Andreas Marquardt, e pelo director de marketing, Thomas Klein Reesink. Acrescentando que “estimamos que a entrega do novo veículo aconteça durante o mês de Junho”. A Porsche dispôs-se a fabricar estas quatro unidades exactamente da maneira como foram encomendadas, apenas com uma numeração de chassi diferente das originais.
No dia 8 de Junho, o navio Grande Nigéria chegou ao porto de Vitória, em Espírito Santo, com os quatro 911 GT2 RS. Daí foram enviados para os Porsche Centers nos quais foram encomendados. Três automóveis (de cores branco, preto e violeta) foram entregues aos seus proprietários pela Stuttgart (dois em São Paulo e um em Curitiba). Outro, também preto, foi enviado para o Porsche Center BH, em Belo Horizonte. O prazo previsto pela Porsche Brasil foi cumprido, no fim de Junho, os quatro 911 GT2 RS estavam nas garagens de seus respectivos proprietários.
Comprar um Porsche como o 911 GT2 RS é algo especial. Além da exclusividade, o modelo oferece um desempenho digno de um carro de corrida. O motor de seis cilindros opostos biturbo entrega 700 hp de potência, possibilitando acelerar dos 0 aos 100 km/h em 2,8 segundos e atingir os 340 km/h de velocidade máxima. Para estes quatro compradores brasileiros, a Porsche fez mais do entregar os veículos, a marca resgatou do fundo do mar a possibilidade de acelerá-los.
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