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Reconhecem qualquer motor pelo rugido. As quatro rodas são vistas como uma religião. De quem estaremos a falar? Referimo-nos, naturalmente, a coleccionadores de automóveis antigos. “Desde 2011, o mercado de veículos clássicos passou a ser uma moda, um bem de investimento, o que deu acesso a novos coleccionadores e investidores, tendo levado a um aumento significativo dos preços”, faz saber Regis Nicolás, sócio da Cochera, empresa madrilena de venda e restauro de automóveis.
Em matéria de poder de compra, Johann Leibbrandt, director-geral da Bonhams em Espanha, salienta que “o comprador espanhol é bastante modesto”. “Estrangeiros, especialmente norte-americanos, ingleses, alemães e franceses, dominam o mercado e são coleccionadores muito mais meticulosos e exigentes”, refere Leibbrandt.
Os automóveis que “nuestros hermanos” mais apreciam? Veículos com ar desportivo. Dos anos 50, 60 e 70. E a última tendência conduz aos anos 80 e 90, uma vez que, como indica Leibbrandt, “o mercado é muito geracional. Há 15 anos, os automóveis pré-guerra vendiam muito bem. Hoje, os compradores são mais jovens e procuram os clássicos modernos que viram nos filmes quando eram pequenos. Porsche, Ferrari, Mercedes… exclusivos e singulares”.
Entre as insígnias e modelos que mais fazem suspirar os coleccionadores espanhóis estão o Ferrari 308, o Porsche 911, o Jaguar E-Type, o Mercedes SL e o Alfa Romeo GTV. Outras duas marcas alvo de desejo são as inglesas Triumph e Morgan.
Segundo Matthieu Lamoure, director da Artcurial Motorcars, os leilões mundiais de veículos antigos “movimentam 1000 milhões de euros/ano”. No seu entender, 2018 foi um bom ano graças aos novos clientes com idades entre os 35 e 40 anos. Depois de o negócio ter aumentado de forma constante desde 2008, com um pico há três anos, o que resultou na entrada de “pessoas sem conhecimento de automóveis, que, simplesmente, queriam investir para obter lucros a curto ou médio prazo”, agora os preços estabilizaram. “Voltaram à realidade, felizmente”, considera Lamoure.
“O mercado é muito mais forte nos automóveis a partir dos 170 000 euros”, estas palavras foram proferidas por Aurora Zubillaga, directora-geral da Sotheby’s em Espanha. Pode, efectivamente, concordar-se com Aurora. Dá-se um exemplo: no Goodwood Festival of Speed do ano passado, a londrina Bonhams leiloou o Aston Martin DB5 de “GoldenEye” por 2,3 milhões de euros (quantia que, mencione-se, superou as expectativas da leiloeira mais antiga do mundo, pois antes do leilão a reputada casa Bonhams estimou que o Aston Martin seria vendido entre 1,3 e 1,8 milhões de euros).
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