Clássicos • 05 Dez 2018

Clássicos • 16 Jan 2019
Renault Alpine A110: O guerreiro dos ralis
A Alpine foi fundada por Jean Rédélé, em meados da década de 1950, tornando-se uma referência em matéria de veículos desportivos e de competição.
O A110 é, muito possivelmente, o seu mais emblemático modelo. O Alpine A110 foi apresentado em 1962 como uma evolução do A108 e dotado de vários componentes Renault, incluindo motores. Contudo, enquanto o A108 foi projectado sobre a mecânica do Gordini, o A110 utilizava peças do Renault 8, incluindo o seu propulsor inicial, um modesto 956 c.c. a que se seguiria um 1.108 c.c..
A versão mais popular desta berlinette de dois lugares é, contudo, esta com o 1.600 c.c. montado atrás: um bloco do Renault 16 TS, de quatro cilindros em linha, que recebeu uma cabeça especial e dois carburadores Weber 45, assinalando 125 CV às 6.000 rpm.
Esta potência num modelo de tracção traseira com menos de 700 Kg e com um baixo centro de gravidade tornam-no num automóvel com uma fantástica capacidade de aceleração, acelerando dos zero aos 100 Km/h em 6,3 segundos.
O Alpine A110 1600 S tinha quatro metros de comprimento por 1,5 metros de largura, sendo ligeiramente maior e mais largo do que o A110 Berlinette (com o motor 1.108 c.c.), o qual media 3,85 metros de comprimento e 1,47 metros de largura.
À semelhança do A108, o A110 apresentava um chassis de aço com carroçaria em resina e fibra de vidro, uma solução inspirada no Lotus Elan.
De resto, e tal como nos Lotus F1 de Jim Clark, o assento está colocado quase a bater no chão, com a bacquet inclinada para trás a sublinhar a sua veia desportiva. Devido ao espaço ocupado pela suspensão dianteira de braços triangulares, os pés do condutor ficam desalinhados para o centro do veículo.
O Alpine A110 foi um coupé produzido de 1961 até 1977 que, ao tempo, custava cerca de 342 contos e hoje as cotações de mercado o colocam a valer entre 140 a 150 mil euros.
Em 1970, o Berlinette 1600S é homologado no Grupo 4 de ralis (depois de inúmeras vitórias nos mais variados ralis, o Alpine A110 seria campeão do mundo em 1973 naquele que seria o primeiro campeonato mundial de fabricantes).
Em 1977, a produção cessa depois de mais de 7.500 unidades terem sido vendidas, numa edição 1600 SX motorizada por um 1.647 c.c. e da qual se fizeram 387 exemplares, os derradeiros desta linhagem única que ainda hoje constitui um marco da história automóvel.
Este e outros modelos icónicos da Renault podem agora ser vistos na exposição temporária “Renault: 120 anos na estrada”, patente no Museu do Caramulo.
Veja a galeria em baixo com algumas das melhores imagens da Renault Alpine A110 1600S.
Deixe um comentário