Ana Guedes Rodrigues e o Maserati Levante SQ4

Modernos 27 Out 2017

Ana Guedes Rodrigues e o Maserati Levante SQ4

Por Hélio Valente de Oliveira

O primeiro SUV da Maserati… poderá parecer um sacrilégio. Uma marca com este pedigree fazer um veículo destas características? Bom, outras marcas, como a Jaguar e a Porsche já operam neste mercado com bastante sucesso. As leis do mercado assim o ditam e se a sobrevivência destas passa por aqui, tudo bem. Para os entusiastas mais puristas julgo que será melhor uma Maserati com saúde financeira, mesmo através destes produtos, do que o contrário. Sobrará sempre espaço para o desenvolvimento de outros modelos, mais hardcore, tanto do agrado de um público mais exigente e… também mais exíguo.

 

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Achei interessante, para esta apresentação convidar uma pessoa fora do mundo automóvel, a ideia seria obter uma opinião mais isenta, uma percepção mais pura e linear. Depois lembrei-me que seria ainda mais interessante se essa pessoa fosse mulher. As mulheres, regra geral, têm opiniões completamente divergentes dos homens, no que respeita a automóveis. Julgo que terá a ver com um conjunto de prioridades diferentes e com um sentido essencialmente prático, relegando para segundo plano outros aspectos mais subjectivos que os homens, por norma, valorizam talvez em demasia.

 

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Convidei a Ana Guedes Rodrigues que simpaticamente acedeu em experimentar o Levante. Não lhe disse que versão era, talvez para deixar a surpresa em aberto. Para alguém não habituado a automóveis muito potentes, os 430cv e os 580Nm de binário desta versão podem ser um pouco intimidantes. No entanto, o excelente sistema de tracção integral digere todas as solicitações deste V6 com uma eficiência quase assombrosa, tornando a condução bastante agradável e, diria mesmo muito civilizada.

 

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A primeira reacção quando confrontados com automóveis deste género é sempre muito interessante e a Ana deixou escapar um “É extremamente bonito!”.

 

Uma vez a bordo do Levante, a atmosfera é tipicamente Maserati, com pele a revestir praticamente todas as zonas do habitáculo.

 

“Os bancos são lindos de morrer, em pele clara, com um bom contraste com o exterior. O posto de condução parece um cockpit, pela informação disponibilizada ao condutor e a enorme quantidade de botões. Gostava de ter tempo para ver o que cada um faz! Nota-se que privilegia o conforto, entre outras coisas, o grau de ajuste do banco e do volante. Muito fácil de encontrar a posição de condução perfeita.” – comentou a Ana.

 

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Enquanto tentávamos fugir ao trânsito, resolvi demonstrar um dos interruptores na consola central, e alterei o modo de condução para Sport2, precisamente o que deixa o acelerador mais sensível e abre as válvulas de escape permitindo ao V6 respirar mais livremente, libertando as potencialidades sonoras fora do normal, com um incremento bastante notório na espectacularidade da experiência.

 

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Como seria de esperar, em estrada aberta, o Levante é majestoso e imponente. O cuidado de execução é notório e reage às solicitações do condutor como um todo e sem hesitações. O comportamento, apesar de ser um automóvel alto, de dimensões generosas, está ao melhor nível…e o motor corresponde a todo o momento. Quando as condições permitiram, uma depressão mais solícita do acelerador e somos empurrados para a frente com uma determinação que o tamanho deste Maserati não deixaria antever. “Espanta-me o comportamento em velocidade, para um carro com esta altura. Cola-se literalmente à estrada! A suspensão firme deixa sentir o pavimento, mas de uma maneira que não afecta o conforto. Ao mesmo tempo, não adorna nada a curvar depressa…”

 

Refira-se que os dotes de condução da Ana foram uma agradável surpresa. Muito segura e decidida, mesmo numa nova situação algo peculiar… e com um quê de desconforto inicial. Julgo que foi uma experiência muito positiva, pelo menos para mim…

 

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Depois de dado como completo o nosso teste e do necessário de-briefing, à laia de conclusão, a Ana ainda acrescentou: “Foi o automóvel mais potente que conduzi. Pede, ou melhor, chora para andar mais… e o barulhinho é muito engraçado. O contraste entre o aspecto visual e o ruído que faz é muito giro! Permite uma utilização familiar, e em modo Sport é óptimo para viagens mais solitárias e aguerridas. Ahh…e gostei muito do aviso de ângulo morto do retrovisor. É muito útil e um bom acréscimo à segurança.”

 

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Agradecemos a colaboração de Ana Guedes Rodrigues e da Tridente (220 122 744), na realização deste ensaio.

 

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Ana Guedes Rodrigues é uma jornalista portuense. Foi repórter, é pivot, apresentadora e atualmente é também diretora de informação do Porto Canal.

Nasceu no Porto e vive em Gaia. Começou a carreira na TVI Porto, passou pela TVI Algarve e fez parte da equipa fundadora do Porto Canal durante os primeiros três anos do projeto. Voltou à TVI, desta vez, em Lisboa, onde foi repórter e pivot do Diário da Manhã e depois, do Jornal da Uma.

A gravidez de gémeos e a vontade de construir uma família no Norte fez com que saísse da TVI.

 

Em 2013, aceitou o convite de Júlio Magalhães para reintegrar a equipa do Porto Canal. Atualmente acumula o cargo de diretora de informação com a apresentação de jornais e do programa Sexo à Moda do Porto.

 

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