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Foram milhares os espectadores que ao longo deste dia de sábado acorreram à Serra da Arrábida, nos arredores de Setúbal, para assistirem ao regresso da rampa ao calendário do desporto motorizado nacional pelas mãos do Clube de Motorismo de Setúbal. Os heróis do dia foram Mário Silva e Nuno Veiga, que venceram as competições Rampa Regional e Regulariadade Histórica, respectivamente e o público que compareceu em massa para acarinhar esta organização fantástica do CMS.
Foi preciso esperar onze anos para volta a ouvir o roncar dos motores da Serra da Arrábida. Mesmo antes do início da competição o desafio do Clube de Motorismo de Setúbal e dos seus parceiros nesta aventura, a Câmara Municipal de Setúbal e Liberty Seguros, estava ganho com milhares de pessoas a rumarem desde muito cedo há encosta com vista para o Sado. Desportivamente a prova tinha duas vertentes Rampa Regional e Regularidade, cumprindo o regulamento específico internacional da Regularidade Histórica tendo sido ambas igualmente um êxito, com 67 dos 69 inscritos a marcarem presença no evento.
Olhando para a parte competitiva e no que diz respeito à Rampa Regional, talvez aquela que reunia maior interesse, até pela presença de uma das estrelas do automobilismo nacional, Mário Silva, o piloto de Cascais não deixou os seus créditos por mãos alheias, ao ser o mais rápido desde os treinos tanto com o Porsche 997GT3, como com o Ford Escort BDG. Depois de ter aberto as hostilidades com o tempo de 1m47.060s com o carro alemão na sessão de treinos, foi fazendo descer o relógio até 1m46.11s na sua melhor subida. Aliás com o 997GT3 o piloto de Cascais fez os dois melhores tempos do dia. Não contente com a vitória assinou os dois melhores tempos seguintes com o Ford Escort BDG, pelo que garantiu desta forma os dois primeiros lugares do pódio na Rampa Regional. O último degrau do pódio ficou nas mãos de Luís Moutinho com um Escort MK1, batendo numa luta entre estes modelos da Ford, Luís Piteira.
Mudando o foco para os homens da Regularidade, estes tinham três subidas, a primeira para marcarem um tempo de referência e as duas seguintes para tentarem aproximar a esse tempo, sendo que essa marca alvo não podia ser inferior a 3m16s. E o destaque vai para Nuno Veiga/Tânia Duarte, com o Peugeot 106 GTi. O
tempo de referência de Veiga foi de 3m17.690s. Na primeira subida foram 20 milésimos mais rápidos, para fecharem a tarde com a marca de 3m17.590s, ou seja menos uma décima face aquele que era o tempo alvo. No total a penalização foi de 59.41s. O segundo lugar ficou para Rui Viana e Maria Marques com o Porsche 944 e 59.94s de penalização. Espectacular foi a luta pelo derradeiro degrau do pódio com Jorge Azevedo/Cláudia Azevedo no Datsun 1200 e Vasco Patrício/Maria Pinto com um Mazda MX5 a ficarem separados por apenas 20 milésimos, com a dupla do Datsun a penalizar 1m00.34s, enquanto do lado do Mazda o tempo de penalização foi de 1m00.36s.
Presentes estiveram igualmente quatro kartcross que estavam numa classificação à parte e aí a vitória sorriu a Nélson Rocha.
Nota final para a qualidade e espectacularidade das máquinas presentes, com Bernardo Sousa a brindar o público com várias passagens a dar show para a plateia com um Ford Escort, juntamente com Paulo Manso também num Ford Escort MK1, dois representantes do Campeonato Nacional de Drkift, uma réplica de um Fórmula 1 dos anos 50, os Alfas da AR Motorsport e ainda a fantástica descida dos “drift trike”, que mantiveram entretidos os espectadores e fizeram as delícias de alguns convidados, nos poucos intervalos que a prova teve.
Foi sem dúvida um sábado diferente na Serra da Arrábida. O público acorreu aos milhares e foi subindo e descendo a serra ao longo do dia lotando todas as zonas destinadas ao público, especialmente a localizada na zona da Bataria, a mais emblemática dos 3000 metros da competição.
A Rampa da Arrábida – Liberty Seguros mostrou que está de regresso e com vontade de voltar a ter um papel de relevo nas competições nacionais, assim os parceiros do CMS continuem a garantir o seu apoio para que esta zona do país volte a ter automóveis de competição; A vantagem é que há público e uma grande paixão, por um desporto que há 11 anos não subia uma das serras mais bonitas de Portugal.
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